Crítica: 'Pé de Vento' leva as crianças para uma instalação inflável

Criada pela Cia. da Tribo, com direção de Milene Perez e Wanderley Piras, a instalação lúdica "Pé de Vento" é uma proposta cênica híbrida e dialoga com múltiplas linguagens —teatro, brincadeira e poesia.

Dentro de uma instalação inflável, quatro atores, também performers e brincantes, se abrem ao risco da interação e do improviso com as crianças. Mas nessa experiência cênica a participação infantil não é vertida em pura euforia, o que é comum no teatro infantil.

Habilidosos condutores, transformam o espaço num palco-quintal, onde a plateia é coautora do jogo teatral. Assim como acontece nas brincadeiras simbólicas, há uso de poucos elementos cênicos (tecidos, bexigas, monóculos, por exemplo).

Crédito: Arô Ribeiro/Divulgação A Cia. da Tribo mostra o espetáculo "Pé de Vento" no Sesc Ipiranga
A Cia. da Tribo mostra o espetáculo "Pé de Vento" no Sesc Ipiranga

A matéria-prima é a da imaginação infantil, que mergulha num mar de gente, vira caracol para pular elástico, bate um bolo de chocolate com palavras reunidas em versos, com forte inspiração na poesia de Manoel de Barros.

Consistente e inventiva, a experiência parece ter ainda como desdobrar outros jogos e performances, que vão sendo aprimorados na intensa relação com as crianças.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 4 anos.

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