"O Rei Leão" e "Milton Nascimento" estreiam e aquecem temporada de musicais em SP

Franquia de "O Rei Leão" e homenagem ao cantor Milton Nascimento estreiam nos teatros de São Paulo nesta semana. Saiba mais sobre os musicais em cartaz na cidade.

Quando resolveu adaptar para o teatro o desenho animado "O Rei Leão", a diretora Julie Taymor enfrentou um desafio: como levar ao palco as expressões animalescas da trama?


A solução foi remeter a delicadas e antigas técnicas, como o uso de máscaras e marionetes. O resultado rendeu diversos prêmios ao musical, em cartaz há 16 anos na Broadway.

Agora, uma franquia do espetáculo estreia na próxima quinta-feira (28) no Teatro Renault (centro de São Paulo). Gilberto Gil fez a versão em português das letras de Tim Rice, embaladas por músicas de Elton John. Rachel Ripani assina a tradução do texto.

Na história, Simba (Tiago Barbosa), filho de Mufasa (César Mello), o Rei Leão, envolve-se em artimanhas de seu maldoso tio Scar (Osvaldo Mil)
e foge de sua terra.

Para o Brasil, foram feitas pequenas adaptações. O personagem Timão (Ronaldo Reis) é carioca. Já Pumba (Marcelo Klabin) é paulista, exemplifica John Stefaniuk, diretor associado.

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MILTON NASCIMENTO - NADA SERÁ COMO ANTES

Como uma revista musical sem texto, "Milton Nascimento - Nada Será como Antes" é um tributo da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho ao músico.


Não é uma biografia o que se vê no espetáculo, que estreia nesta sexta (22) no Teatro GEO (zona oeste de São Paulo). Em vez disso, 48 canções famosas na voz de Milton -como "Caçador de Mim", "Bola de Meia, Bola de Gude" e "Faca Amolada"- guiam o espectador pelo universo do artista.

O cenário, intimista, remete a uma casa mineira, uma espécie de Clube da Esquina.

A trama é dividida nas quatro estações do ano, referência ao olhar que Milton tem para o tempo em suas músicas, explica Möeller. O inverno, por exemplo, remete à época de chumbo da ditadura militar.

Milton há tempos é fã do trabalho de Möeller e Botelho. Quando os diretores conversaram com o músico sobre o projeto, perguntaram se ele gostaria de participar. Preferiu não entrar em cena e receber a homenagem de presente.

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O MÁGICO DE OZ

Baseado na versão feita pela Royal Shakespeare Company para os palcos, o musical é outra empreitada da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. A adaptação é bastante fiel ao filme de 1939 dirigido por Victor Fleming e com Judy Garland no papel principal.


A trama fala da jovem Dorothy Gale (Malu Rodrigues), que vive em uma pacata fazenda do Kansas, nos Estados Unidos, até que um tornado a leva para o mundo de Oz, onde conhece figuras como o Leão Covarde (Lucio Mauro Filho), o Homem de Lata (Nicola Lama), o Espantalho (André Torquato) e a temida Bruxa Má do Oeste (Heloísa Périssé).

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ALÔ, DOLLY!

Sucesso da Broadway baseado na peça "A Casamenteira", de Thornton Wilder, o musical tem adaptação e direção de Miguel Falabella.

A história se passa na Nova York do século 19 e acompanha Dolly Levi (Marília Pêra), célebre e intrometida casamenteira, que é contratada por Horácio Vandergelder (Falabella).


Viúvo mal-humorado e avarento, ele é um rico comerciante vindo do interior em busca de um novo matrimônio.

Dolly o apresenta a uma pretendente, mas logo trama para que ela mesma conquiste o abastado bom partido.

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QUASE NORMAL

Em estilo ópera-rock, o musical da Broadway, que recebeu o Prêmio Pulitzer de 2010, tem músicas de Tom Kitt e texto de Brian Yorkey.


A versão brasileira e a direção da montagem são assinadas por Tadeu Aguiar.

O espetáculo fala de uma família que tenta levar uma vida pacata enquanto lida com a bipolaridade da mãe, a dona de casa Diana (Vanessa Gerbelli Ceroni). A personagem, aos poucos, vai perdendo a lucidez.

O marido, Dan (Cristiano Gualda), tenta manter a família unida, apesar das crises da mulher e da filha adolescente, Natalie (Carol Futuro), que contrasta com Gabriel (Olavo Cavalheiro), o filho praticamente perfeito.

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DICAS E CURIOSIDADES

  • Como musicais costumam ser produções grandiosas, o ideal é não se sentar muito próximo ao palco. Melhor algo em torno da fileira I
  • Em geral, os espetáculos guardam os melhores números para o segundo ato
  • A marca alemã Kryolan produz uma maquiagem específica para o personagem Simba de "O Rei Leão"
  • Para "O Mágico de Oz", foi composta uma nova canção especificamente para Luiz Carlos Miele
  • O estilista Fause Haten assina os figurinos de "O Mágico de Oz" e "Alô, Dolly!"

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