Depois de uma temporada de sucesso no Rio, a atriz Laila Garin estreia nesta sexta (14) em São Paulo a produção "Elis, a Musical", na qual interpreta a personagem principal. O espetáculo está em cartaz no teatro Alfa (zona sul de São Paulo), com ingressos de R$ 40 a R$ 180.
Laila, que nasceu na Bahia e atua no teatro desde a adolescência, morou em São Paulo por sete anos. Na capital paulista, participou de pesquisas teatrais e fez espetáculos para plateias de 40 pessoas. Na temporada de "Elis", até 1.100 pessoas podem vê-la cada vez que subir ao palco.
Pouco antes de ganhar o Prêmio Shell-RJ de melhor atriz pela performance em "Elis", Laila conversou com o "Guia".
"Guia" - O que levou tantas pessoas ao teatro no Rio?
Laila Garin - Primeiro, é um interesse em conhecer a vida de Elis e a homenagem que a gente fez. Ela gravou musicas que são pérolas da MPB. E contando a historia de Elis, também contamos a história do país, tocamos em momentos que fazem parte da memória de todo mundo. Os mais jovens, que não viveram essa época, descobrem que várias músicas que conhecem foram lançadas por Elis. A peça tem essa função, de permitir conhecer mais da música brasileira.
O que muda com a chegada a SP?
Sempre é preciso fazer adaptações de espaço, já que os teatros são diferentes. Mas não houve cortes nas cenas. Estou ansiosa pra ver como que o espetáculo vai ser recebido. O humor do paulista é diferente do carioca. O público aqui é mais concentrado e tem o riso menos solto. Ri de coisas mais sutis, que a gente não espera. É uma plateia muito atenta, que fica num silêncio diferente. O carioca tem um riso mais rasgado, informal, extrovertido.
Como foi a preparação para o papel?
Dennis [Carvalho, diretor] sempre deixou muito claro que era uma homenagem e que não queria que eu imitasse a Elis. O que é ótimo, porque não são boa imitadora. Ao mesmo tempo, tinha que chegar perto da essência e da loucura dela, da forma como ela via o mundo e se colocava para as pessoas. Então assisti muitos vídeos de entrevista e de shows dela. Algumas cenas, como a de "Arrastão" são reproduzidas como na apresentação original, exceto pela luz. E o figurino, da Marília Carneiro, são modelos que Elis realmente usou.
Como conheceu a obra de Elis?
Elis estava lá em casa na minha infância e adolescência por causa da minha mãe, mas nunca fui fanática. Por causa do musical, mergulhei na obra dela e fiquei mais encantada ainda. Ela consegue cantar em estilos tão diversos com a mesma genialidade. É incrível.
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