Saiba como é visitar o novo mirante de vidro no centro de SP e 'flutuar' a 150 metros de altura

Sampa Sky, no edifício Mirante do Vale, recebe o público a partir de domingo (8)

Visitante no Sampa Sky, novo mirante de vidro que será inaugurado no centro de São Paulo

Visitante no Sampa Sky, novo mirante de vidro que será inaugurado no centro de São Paulo Eduardo Knapp/ Folhapress

São Paulo

Depois de apertar o botão do elevador que leva ao 42º andar do edifício Mirante do Vale, no centro de São Paulo, o visitante chega a um espaço de visitação que ainda está recebendo os últimos retoques para a inauguração. Nos cerca de 700 metros quadrados do lugar, há um café perto da entrada, mesas e cadeiras, mas tudo não passa de cenário para a verdadeira atração —os dois deques de vidro, transparentes no chão, nas laterais e no teto, que funcionam como um mirante a 150 metros de altura sobre a capital.

Estamos no Sampa Sky, nova atração paulistana que deve atrair instagrammers sedentos por selfies a partir de domingo, dia 8, quando passa a receber público. Nas estruturas de vidro, é possível ver o topo dos edifícios ao olhar para baixo, além de avistar o vale do Anhangabaú e ter a sensação de "flutuar" sobre o trânsito das ruas de São Paulo.

Um dos mirantes dá para a zona sul da capital. Com uma vista de 180º, é possível ver o vale do Anhangabaú, o edifício Martinelli e o antigo prédio do Banespa, onde hoje está o Farol Santander. Abaixo, fica o viaduto Santa Ifigênia. Neste deque, que promete os cliques mais procurados para as redes sociais, a sensação é a de ver São Paulo filmada por um drone numa tela de cinema gigantesca.

É possível deitar no chão de vidro e ter a sensação de pular de paraquedas, olhando a cidade se movimentando pequenininha lá embaixo. Ou então sentar, colar o rosto nas paredes transparentes e brincar de "Onde Está, Wally?", buscando diversos pontos da capital avistáveis da atração.

Quem tem medo de altura provavelmente vai hesitar ainda mais antes de pisar no outro mirante, que fica na face leste do prédio. A vista também pode impressionar, mas o destaque aqui é o chão de vidro, que fica sobre a avenida Prestes Maia. Ao olhar para baixo, os veículos ficam parecendo carrinhos de brinquedo.

Sim, dá medo pisar nos deques pela primeira vez. Mas os organizadores garantem que as estruturas são seguras. A base é feita com quatro camadas de vidro e três de polivinil butiral, um material usado para estruturas que precisam de sustentação reforçada. A construção sustenta peso superior a 30 toneladas.

Deque de vidro com vista para o Vale do Anhangabaú
Deque de vidro com vista para o Vale do Anhangabaú - Eduardo Knapp/ Folhapress

Segundo Alessandro Martineli, sócio-fundador do Sampa Sky, a ideia surgiu quando um de seus sócios viajou a Chicago, nos Estados Unidos. Lá, ele conheceu o Skydeck, um deque de vidro que fica no 103º andar da Willis Tower e é uma das atrações turísticas da cidade.

Diferentemente da versão americana, os deques brasileiros não são fixos —eles são retráteis. No início do dia, são empurrados para fora do prédio; à noite, são puxados de volta. Isso é feito com o uso de uma estrutura metálica que, ao ser movida para a frente e para trás, faz com que a caixa transparente entre e saia do prédio. Decidir fazê-los retráteis impede que a fachada do prédio se altere.

Para manter uma boa visibilidade, os vidros passam por uma limpeza diária. Durante três vezes por semana também é usado um produto chamado Peroxy 4D, para livrar o local de bactérias e vírus —incluindo o novo coronavírus. O restante do ambiente passa por um processo de nebulização, que completa a desinfecção.

Alessandro Matineli, um dos sócios do Sampa Sky, limpa vidro do deque
Alessandro Martineli, um dos sócios do Sampa Sky, limpa vidro do deque - Eduardo Knapp/ Folhapress

A ideia é expandir o espaço no futuro. Segundo Martineli, um dos planos é fazer um terceiro deque na face norte do prédio, ainda sem data. O Sampa Sky marca a retomada da cidade após meses com tudo fechado por causa da pandemia, ele diz.

Ao adquirir um ingresso, é preciso escolher data e horário para a visita. Os ingressos são vendidos por sympla.com.br, com sessões liberadas a cada 30 minutos —no momento, só há datas disponíveis para o fim de setembro, com todas as visitas anteriores já esgotadas. Por causa da pandemia, os organizadores mudaram os planos iniciais e agora sugerem que os visitantes fiquem apenas uma hora no local. A organização não revelou quantas pessoas vão poder ficar no espaço ao mesmo tempo.

Quem quiser tomar uma dose de coragem em forma de cafeína antes ou depois de pisar nos vidros do mirante pode visitar o café do espaço. No cardápio, o expresso sai a R$ 7, enquanto o duplo é vendido por R$ 12. Também é possível comprar um petisco feito pela padaria De Lá De Pão, como o pão de queijo, que sai a R$ 6.

Lembre-se de que os números de mortes por Covid-19 continuam altos no país. Se for sair de casa, use máscara e mantenha o distanciamento.

Sampa Sky

  • Quando Inauguração em 8/8; de ter. a sex., das 11h às 19h; sab., das 9h às 19h; dom., das 9h às 16h
  • Onde No Mirante do Vale - r. Pedro Lessa, 110, Centro
  • Preço R$ 30 até 7/10; depois desta data, a entrada inteira sai a R$ 60 e a meia por R$ 30. Grátis para crianças com até oito anos.
  • Ingressos sympla.com.br

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