Após passar por São Paulo em abril com o monólogo "A Última Gravação de Krapp", de Samuel Beckett, o norte-americano Robert "Bob" Wilson retorna à cidade a partir desta terça-feira (6) com outra montagem, "A Ópera dos Três Vinténs", do alemão Bertold Brecht. Os ingressos, infelizmente, já se esgotaram.
Desta vez, o encenador dirige (sem atuar) a célebre companhia Berliner Ensemble, fundada pelo próprio Brecht em l949.
A versão da peça a ser apresentada no Sesc Pinheiros (zona oeste) transfere a nostálgica Londres do século 18 presente no texto original --sátira mordaz do capitalismo-- para o século 20. Permanece a conhecida trilha sonora do compositor Kurt Weill.
Wilson, um dos maiores nomes do teatro experimental, é um multiartista. Formou-se em arquitetura, enveredou pelas artes plásticas e encontrou no teatro e na ópera um modo de reunir todas as formas artísticas.
Percebe-se em seu trabalho um apelo visual muito grande e uma concepção minimalista. É ele, um notório perfeccionista, quem assina a cenografia e o desenho de luz de seus espetáculos.
Na próxima semana, a Berliner Ensemble apresenta no Sesc Pinheiros outro espetáculo dirigido por Wilson: "Lulu", de Frank Wedekind, com músicas de Lou Reed.
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