'Faltava coragem para dirigir', diz Débora Falabella, que estreia peça; veja

O que pode acontecer se juntarmos um rei pacífico, um duque ambicioso e uma bruxa com poderes mágicos? A resposta para o enigma é a peça "O Rei e a Coroa Enfeitiçada", que entra em cartaz neste sábado (27), no teatro Viradalata (zona oeste de SP).

Dirigida pelas irmãs Cynthia e Débora Falabella, a montagem conta a história de Nicolau, um rei que vive com simplicidade e pensa no bem estar de seu povo. O texto também é da família: foi escrito por Rogério Falabella, pai das atrizes. "Sempre escrevi peças adultas, e um dia quis fazer um texto infantil. Mas é difícil escrever para criança. Às vezes, uma palavra parece corriqueira e a criança não entende o que é", explica.


Na peça, a princesa Irene vai se casar com Augusto Valente, um jovem trabalhador. Tudo estaria tranquilo se não fosse pelo ambicioso duque de Urticária, irmão do rei, que deseja tomar o trono e presenteia a majestade com uma coroa enfeitiçada por uma bruxa.

O nome Irene, por sinal, é uma homenagem à primeira neta de seu Rogério, sobrinha das irmãs famosas. "A ideia de colocar o nome de Irene para a princesa veio naturalmente. Minha neta estava pequeninha, foi uma homenagem", conta Rogério.

As cenas do espetáculo são intercaladas por músicas e o texto tem pinceladas atuais —como menções aos aplicativos WhatsApp e Instagram— tratando, com humor e leveza, de temas como o poder e a ambição. "O mais importante era fazer uma peça que contasse a história de um rei e uma rainha, mas que também tivesse algo a ver com a gente", ressalta Débora.


DO LADO DE LÁ DA CÂMERA

"O Rei e a Coroa Enfeitiçada" é a estreia de Débora Falabella na direção de uma peça. "Faltava um pouco de coragem. Então pensei que com minha irmã e pelo texto do papai, eu faria", conta a atriz, que também está no elenco da série "Dupla Identidade", da TV Globo.

O roteiro, que foi escrito há oito anos, só saiu do papel em 2014, após Cynthia conseguir o patrocínio para montar o espetáculo. No elenco, oito atores entram em cena e se revezam entre os personagens. "É difícil comandar a equipe e ficar ligado ao texto. Minha referência acabou sendo minha filha —trouxe ela para os ensaios, perguntei se ela estava gostando e entendendo. Mas é legal mudar o olhar, porque agora sei como é o lado de cá".

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