Nem tudo foi fechamento, crise e falência em São Paulo neste ano. Mesmo com todos os efeitos da pandemia de Covid-19, que afetou diretamente restaurantes, bares, teatros, museus e outros estabelecimentos que precisaram ficar fechados, alguns endereços foram inaugurados ou reabertos na capital —parte deles ficou tão badalada que teve mais de três horas de fila.
Confira a seguir uma lista de dez lugares paulistanos que nasceram em 2021 e que apontam tendências para 2022.
Gastronomia
Cora
A principal atração do Cora, restaurante no topo de um prédio no centro, é a vista para o Minhocão. Enquanto observa-se o vaivém de carros, pedestres ou ciclistas, a dica é provar o drinque Borogodó, com cachaça de jambu (R$ 30), e os bolinhos de milho com queijo de ovelha e melado de cana (R$ 28). No térreo, vale ainda conhecer a livraria Gato sem Rabo, só com livros escritos por mulheres.
R. Amaral Gurgel, 344, Vila Buarque, região central. Reservas e informações no Instagram @cora.sp
Donna
Depois de fechar as portas do restaurante Lillu em 2020, que vai dar lugar a um empreendimento imobiliário, o chef André Mifano inaugurou o italiano Donna. O espaço conta com um ambiente intimista, com apenas 22 lugares, e oferece pratos que passam por lagostas e massas frescas e também pela clássica polenta com rabada e trufa, receita criada por Mifano, eleito o chef do ano pelo O Melhor de sãopaulo, da Folha, em 2017.
R. Peixoto Gomide, 1.815, Jardim Paulista, região oeste. Reservas pelo Instagram @restaurantedonna_
Mi•Ado
Com receitas asiáticas, decoração pensada em conceitos de sustentabilidade e com poucos lugares no salão, o restaurante Mi•Ado oferece um menu com pratos crus, quentes e frios, além de um cardápio de folhas da época. A casa é o novo empreendimento da chef Renata Vanzeto, que tem outros quatro estabelecimentos na região dos Jardins. O pad thai vegano de cogumelos, prato de origem tailandesa, é vendido por R$ 55.
R. Bela Cintra, 1.533, Jardim Paulista, região oeste, Reservas e informações no Instagram @restaurante.miado
Paloma
Inaugurado em setembro no térreo do edifício Copan, o bar tem inspiração botequeira, desmistificando a pompa que existe nos bares especializados em vinhos. O diferencial está logo na entrada, numa estante com cerca de 40 rótulos que fica ao redor de uma das colunas do prédio projetado por Oscar Niemeyer. Quem faz a seleção das garrafas é Felipe Rara, que muda as garrafas ao sabor das safras. Do menu, a dica é a porção de manjubinha, que custa R$ 35.
Copan - av. Ipiranga, 200, lojas 67 e 68, região central. Reservas e informações pelo Instagram @paloma___sp
Priceless
Essa é mais uma atração gastronômica inaugurada no topo de um prédio paulistano —neste caso, no terraço (ou no rooftop, como diz a palavra da moda) do shopping Light, com vista para o vale do Anhangabaú e o Theatro Municipal. Quem comanda a cozinha é o chef Onildo Rocha. O local tem duas opções. O restaurante Notiê oferece menus com dez e 14 etapas, que custam a partir de R$ 390 por pessoa. No bar Abaru, vale provar o falafel de feijão de corda (R$ 45 com seis unidades).
R. Formosa, 157, Centro. Entrada pelo estacionamento no subsolo do shopping. Reservas e informações no tel.: (11) 2853-0373
Noite
Studio SP
Clássico point musical paulistano, o Studio SP voltou a funcionar no mesmo lugar onde fechou as portas, na rua Augusta, em 2013. A casa é tocada pelo pelo ex-secretário de Cultura de São Paulo Alê Youssef e tem shows de quarta a domingo. Em janeiro, um dos destaques vai ser a apresentação de Tom Zé.
R. Augusta, 591, Consolação, região central. Reservas e informações em @studiospaugusta
Passeios
Centro Cultural Vila Itororó
Após ser tombado como patrimônio da cidade em 2002, o local foi finalmente restaurado e inaugurado na região do Bexiga. A antiga vila tem agora programação semanal com jovens artistas, festas e eventos com temáticas periféricas.
R. Maestro Cardim, 60, Bela Vista, região central. Entrada gratuita. Mais no Instagram @vila_itororo
Museu Judaico
Outra instituição cultural que foi reformada e inaugurada após uma longa espera foi o Museu Judaico, que fica no local onde está uma das mais antigas sinagogas de São Paulo. Depois de quase dez anos de restauros, o espaço apresenta acervo com cerca de 2.000 itens que contam histórias da religião, falam da vida dos judeus no Brasil e relembram o holocausto. Quem for conferir o museu nos próximos meses poderá ver a exposição "Da Letra à Palavra", em cartaz até 28 de março. Nela, 32 artistas brasileiros exploram a relação entre arte e escrita.
R. Martinho Prado, 128, Bela Vista, região central. Ingresso: R$ 20 (contribuição sugerida)
Parque Augusta
O ano de 2021 colocou ponto final num dos principais imbróglios recentes da cidade. Finalmente foi inaugurado o parque Augusta, que foi batizado com o nome de Bruno Covas, prefeito da cidade morto neste ano. O terreno, que estava fechado por causa de uma disputa judicial que se arrastava por meio século, comporta arquibancada, gramado para piquenique, cachorródromo, equipamentos de ginástica, bosque, ruínas arqueológicas e um playground exclusivo para as crianças. Abraçado pelos moradores do centro, o parque reúne diariamente quem deseja fazer exercícios, tomar sol ou simplesmente ler um livro.
R. Augusta, 200, Consolação, região central. Entrada gratuita
Sampa Sky
Os dois aquários de vidro inaugurados no 42º andar do edifício Mirante do Vale, um dos mais altos de São Paulo, se tornaram uma das sensações do ano. Os mirantes ficam a 150 metros de altura e contam com paredes e chão de vidro. Não é difícil entender por que a atração ficou tão badalada entre quem quer tirar uma foto ou gravar um vídeo para as redes sociais. Lá de cima, é possível fazer poses vendo o viaduto do Chá, o vale do Anhangabaú, a serra da Cantareira e outros pontos turísticos. O resultado? As filas gigantescas, que podem durar três horas —às vezes até mais.
Mirante do Vale - praça Pedro Lessa, 110, região central. Ingr.: a partir de R$ 40. Informações no Instagram @sampasky
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