Vencedora em programação, conforto e bar e comida
Nem é preciso gostar de música para aproveitar a Casa de Francisca. Agora ampliado, o espaço no coração do centro de São Paulo oferece almoço mesmo quando não tem show e, quando faz apresentações com o público sentado em mesas, serve jantar. Se a plateia fica de pé, também é possível comer lanches e porções, e mesmo quem não pega as escadas para a famosa sacada do Palacete Tereza Toledo de Lara da casa pode tratar bem o estômago.
A Casa de Francisca, detentora do melhor serviço de bar e comida entre casas que comportam até 500 pessoas, poderia ganhar essa categoria em qualquer faixa de público deste especial. Ainda que haja fortes competidores, alguns com sugestões gastronômicas até mais acessíveis, não há comparação em termos de qualidade e variedade de opções, e quase tudo está relacionado com a tradição da culinária brasileira.
O cardápio regular, já conhecido, é encabeçado por um arroz do mar com camarão, lula e polvo que valoriza o sabor natural de cada ingrediente sem que o tempero os ofusque. O prato não é seco e leva ainda vinho branco e tomate, coberto por manjericão —sai por R$ 72.
Por R$ 10 a menos, há versões vegetarianas saborosas de pratos nordestinos. O baião de dois com queijo coalho, manteiga de garrafa e ovo, em que se destacam os legumes e os refrescantes picles da casa, é servido numa cumbuca. A sugestão faz sucesso até para quem quer comer em pé, durante o show.
Aos que preferirem apenas um lanche rápido, há opções tradicionais, como um x-churrasco de contrafilé (R$ 38), e outras mais inventivas, como o sanduíche de barriga de porco com picles de erva-doce (R$ 44) ou de cogumelo com queijo de cabra (R$ 41).
No novo bar inaugurado em março na rua Quintino Bocaiúva, os acepipes na vitrine já dão água na boca antes mesmo de chegarem ao prato.
Entre as sugestões estão o vinagrete de moela ou a salada de músculo, ambos por R$ 18. Quem quiser investir um pouco mais na entradinha, pode ir de língua com azeitona preta e vinagrete de polvo com fava —servido bem temperado, ainda que o grão frio possa vez ou outra parecer um pouco duro.
Outra novidade do bar são as porções feitas na brasa, que incluem o quiabo e abóbora queimada, ambos por R$ 21,50, a sardinha portuguesa, por R$ 26, e uma linguiça merguez por R$ 35. Esse é o preço também do espetinho de lula e chorizo com aioli de páprica, em que o sabor intenso da carne pode fazer o fruto do mar parecer insosso.
Entre os bebes, o espaço oferece a cerveja Xicajá, uma witbier (como a Hoegaarden) com a inclusão de cajá —receita da Trilha Cervejaria feita especialmente para a casa—, por R$ 26 (lata de 350 ml).
Ela divide as preferências com drinques como o Sirimbó, feito com cachaça de jambu (que deixa a boca dormente), suco de umbu, clara de ovo e limão-siciliano. No bar no porão, a caipirinha de uva-verde com manjericão (R$ 30,50) refresca nos dias quentes.
Prove
O refrescante vinagrete de polvo (R$ 28) e a gostosa caipirinha de uva verde (R$ 30,50) da Casa de Francisca
Conheça
A shakshuka (R$ 44) do Centro da Terra (r. Piracuama, 19, Perdizes) com molho de tomate com cúrcuma, berinjela e coentro
Casa de Francisca
R. Quintino Bocaiúva, 22, Sé, região central. Instagram @casadefrancisca. Programação em casadefrancisca.art.br/novo/programacao
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