Com Fagundes, peça 'Vermelho' aborda as agruras da arte

É fascinante observar o embate de ideias que se estabelece durante o espetáculo Vermelho, que reestreia na próxima quinta (11), no Tuca. Antonio Fagundes interpreta o ícone da pintura expressionista abstrata Mark Rothko (1903-1970), que recebe em seu ateliê em Nova York um jovem assistente para ajudá-lo em uma encomenda.

Vivido por Bruno Fagundes, o rapaz logo de cara fica intimidado com a empáfia do famoso pintor, que passa a maior parte do tempo reclamando da superficialidade das coisas e menosprezando outros movimentos artísticos.

Aos poucos, o silêncio do inexperiente funcionário ---é assim que Rothko faz questão de tratá-lo--- dá espaço a opiniões que colocam em debate o conflito de gerações e o significado da arte.

O texto de John Logan, que é coautor de grandes produções cinematográficas, como 007 - Operação Skyfall (2012), coloca o público para refletir sobre as diferentes formas possíveis de ver as coisas e como tudo muda com o tempo.

A tradução é de Rachel Ripani, e a direção, de Jorge Takla.

ENSAIO E CAMARIM

Nesta temporada, a dupla resolveu estreitar a relação com o público e abriu outras opções de interação, além do tradicional bate-papo após as sessões. Neste sábado (6), acontece o último ensaio aberto antes da reestreia (R$ 20). Outra novidade é o acesso ao camarim no dia das apresentações (por R$ 100).

Além disso, no último sábado de cada mês, haverá sessões especiais com intérprete de Libras e audiodescrição.

Tuca - r. Mte. Alegre, 1.024, Perdizes, tel. 3670-8455. Sex. e sáb.: 21h30. Dom.: 18h. 80 min. 12 anos. Reestreia: 11/8. Até 4/12. Ingr.: R$ 60 a R$ 80. Camarim: R$ 100. Ensaio: sáb. (6), 15h. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.

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