Um dos aspectos decisivos na escolha de um serviço de streaming é a exclusividade. Se posso encontrar o mesmo filme em outras plataformas, o critério “valor mais baixo” influencia. O assinante não paga apenas para ter tudo ao alcance. Ele também compra a ideia de ser privilegiado num mar de iguais.
A fim de se distinguir, a Netflix replicou a estratégia adotada pela HBO nos primórdios da TV por assinatura. Em 2015, deu início à produção de conteúdos originais. Naquele ano, foram apenas dez longas e duas séries. No ano seguinte, o número dobrou. Cinco anos depois, os originais ultrapassaram a marca de cem.
Ora, a percepção deste progresso é infalível, com produções que passaram a reverberar em premiações —e isso traz legitimação, visibilidade e fortalecimento da marca.
A estratégia tem impacto também na diversidade do que é oferecido. “Okja”, por exemplo, filme de 2017, trazia a assinatura do sul-coreano Bong Joon-ho, que três anos depois contaminou o mundo todo com “Parasita”.
Em comparação, os custos de produção fora dos Estados Unidos é mais baixo. Outras vantagens são a variedade de temas, de narrativas e a impressão de praticar o bem investindo no audiovisual local.
Os originais da Netflix, porém, não se diferem do valor mediano de quase tudo que a plataforma oferece. A impressão é a de um rodízio de pizza. Em meio a poucos sabores, o que importa é a indigestão.
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1º | Netflix | 4,6 |
2º | HBO Go | 4,4 |
3º | Disney+ | 3,9 |
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