O movimento que recebe a presença do orixá Xangô, no candomblé, no qual uma mão bate com força no peito e outra nas costas, foi o ponto de partida para que Rodrigo Pederneiras montasse a coreografia de “Gil”. O espetáculo inédito do mineiro Grupo Corpo estreia nesta quarta (7), inaugurando a temporada de dança do Teatro Alfa.
Gil, o Gilberto, filho de Xangô, foi quem compôs a trilha sonora, a partir da qual a performance contemporânea é construída. São releituras de alguns de seus sucessos como “Aquele Abraço’’, “Realce”, “Toda Menina Baiana” e “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, revisitados com boa dose de dissonâncias.
Para as gravações, o músico baiano montou uma banda com instrumentos clássicos, como sopros e piano, e também recursos eletrônicos, como samples e sintetizadores.
Na sequência de “Gil”, uma outra coreografia da companhia, também com cerca de 40 minutos, é apresentada. “Sete ou Oito Peças para um Ballet”, que integra o programa, é fruto de uma parceria entre o compositor norte-americano Philip Glass, um dos mais influentes nomes da música clássica do século 20 ainda vivo, e o grupo instrumental mineiro Uakti.
Teatro Alfa - sala A - R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, tel. 5693-4000. Qua. a sex.: 20h30. Sáb.: 20h. Dom.: 18h. Até 11/8. Estreia qua. (7). teatroalfa.com.br. Ingr.: R$ 75 a R$ 190 p/ ingressorapido.com.br.
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