Humorista português teve medo de fazer shows no Brasil; leia entrevista

Faz oito meses que o humorista português João Pedro Santos mora em São Paulo. Formado em teatro, ele fazia parte do "CQC" de Portugal (que terminou após a primeira temporada) e veio ao Brasil para firmar sua carreira de "stand-up" por aqui.

"Eu tive medo que as pessoas não entendessem o meu português ou as referências que uso no meu texto", diz João Pedro, chamado de O Patrício, sobre as primeiras apresentações do país. Ele conta que precisou fazer alguns ajustes em algumas piadas e que o "primeiro show foi feito com muita cautela". Mas logo depois se surpreendeu com a receptividade do público.

"Reparei que existe uma genuína curiosidade e interesse por saber aquilo que um comediante português tem para falar, sua forma de pensar e de atuar. Tem sido muito gratificante."

A próxima apresentação de João Pedro será neste sábado (dia 8), no teatro Ruth Escobar (centro de São Paulo), com seu "Dieta à Portuguesa" --comédia na qual divide o palco com o humorista Marcelo di Morais. O show começa às 22h30, custa R$ 40 e terá a participação especial de Rafael Cortez.

Crédito: Divulgação João Pedro Santos (foto) faz show neste sábado (dia 8) no Ruth Escobar, com Marcelo di Morais e Rafael Cortez
João Pedro Santos (foto) faz show neste sábado (dia 8) no Ruth Escobar, com Marcelo di Morais e Rafael Cortez

Sobre a diferença de comportamento, acha que o público do Brasil ri mais que o de Portugal? "O público brasileiro é mais caloroso, são mais alegres e de bem com a vida, e isso se reflete na forma como se expressam nos shows: ou seja, riem e se manifestam bem mais do que lá em Portugal, e ainda bem."

E com quais comediantes brasileiros você acha que mais se parece, em relação ao tipo de humor? "Gosto de um humor mais estruturado, que tenha uma dramaturgia por trás, um princípio meio e fim. Refiro-me ao show inteiro onde tu sabes que o comediante te leva a conhecer um pouco do seu mundo e da sua percepção da vida contada de forma cômica", explica.

"Sendo mais direto e respondendo à pergunta, gosto da linha clássica do Marcelo Mansfield, do humor com um 'timing' perfeito do Danilo Gentili e do Rafinha Bastos e da dramaturgia meio punk do Márcio Américo, citando apenas alguns da minha preferência."

Ruth Escobar - sala Gil Vicente - r. dos Ingleses, 209, centro, São Paulo, SP. Sáb. (dia 8): 22h30. 317 lugares. Ingr.: R$ 40. Não recomendado para menores de 14 anos.

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