Após sua recente passagem pelo lendário bar cubano La Floridita --considerado o berço do daiquiri do mundo-- o mestre Derivan Souza comanda todas as segundas-feiras o Daiquiri Day, no Esch Café, localizado nos Jardins (região sul de São Paulo). A carta é composta por seis drinques exclusivos, alguns regados por uma famosa história e por um admirador ilustre: o escritor norte-americano Ernest Hemingway (1866-1961).
Souza esteve no La Floridita em janeiro deste ano quando aprendeu a preparar o legítimo daiquiri --com gelo moído. O criador desse estilo foi o barman e proprietário do La Floridita, nos anos 50, Constantino Ribalaigua.
Fazem parte da carta do Esch o daiquiri floridita, banana daiquiri, daiquiri chiclet, daiquiri fraise, daiquiri mulata e daiquiri Hemingway --esse último em homenagem ao escritor, assíduo freqüentador do bar cubano. Cada um custa R$ 16.
Histórias
O daiquiri Floridita leva Havana Club (legítimo rum cubano), suco de limão, marasquino (licor obtido da destilação da cereja marasquino), açúcar e gelo moído. Com sabor suave, sente-se levemente o sabor do limão e do licor ao prová-lo. Mesmo com a adição de açúcar, a bebida não é muito doce, o que possibilita tomar mais de um drinque sem enjoar.
O banana daiquiri leva suco de limão, licor de banana, açúcar, Havana Club e gelo moído. De sabor igualmente suave, o licor de banana passa quase despercebido. Para quem gosta da fruta, pode sentir falta. Para quem prefere um drinque suave e não muito doce, apesar de frutal, é uma boa pedida.
O daiquiri chiclet é preparado com suco de limão, licor de menta, licor de banana, gelo moído e o rum cubano. O resultado é uma bebida extremamente refrescante, devido à predominância do gosto da menta.
Preparado com o rum Havana Club, morango fresco, açúcar, suco de limão, licor de morango e gelo moído, o daiquiri fraise é o mais doce de todos e bastante refrescante. Personalidades como Marlene Dietrich, Barbara Stanwick e Robert Taylor costumavam beber o drinque no La Floridita.
Sem açúcar
O daiquiri mulata é preparado com Havana Club, suco de limão, açúcar, licor de cacau e gelo moído. Mais cremoso do que os demais, o sabor do cacau é tênue, embora marcante. Bom para comer com um petisco mais forte. O nome é uma homenagem a uma bela mulata, antiga freqüentadora do bar cubano, conhecida como Leopoldina, a Honesta. Ela era grande amiga de Hemingway.
O daiquiri Hemingway leva o Havana Club, suco de limão, marasquino e gelo moído, sem açúcar. A história desse drinque é interessante.
O barman Costantino estava fazendo uma experiência de coquetéis quando Ernest Hemingway entrou no La Floridita. O barman pediu a ele para experimentar sua novidade e, após tomar um longo gole e ir ao banheiro, o escritor bebeu mais um pouco e disse: "muito bom, porém prefiro com mais rum e sem açúcar".
Conhecendo a biografia do escritor, marcada por muitos incidentes dramáticos, como sua passagem pela Guerra Civil Espanhola, dá para entender que ele não era muito afeito a certas doçuras.
Como acompanhamento do daiquiri, vale experimentar porções de plátano frito (bananinhas cortadas em rodelas fritas bem finas), um petisco tipicamente cubano.
Para os amantes do drinque, a casa oferece a promoção de um daiquiri de cortesia para cada dois consumidos no dia dedicado à bebida. Para continuar no clima cubano, no Esch Café o visitante pode degustar charutos.
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