Conheça quatro casarões que retratam a vida de mulheres da história de São Paulo

No Dia da Mulher, o Guia sugere roteiro por locais históricos

São Paulo

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado na quinta (8), faça um roteiro em casarões que retratam a vida de mulheres que fizeram parte da história de São Paulo.

Casa de Dona Yayá
Hoje um espaço cultural que recebe palestras, cursos, exposições e peças de teatro, o casarão do século 19 no bairro do Bexiga abriga a história trágica de Sebastiana de Melo Freire (1887-1961), conhecida como Dona Yayá.

Única herdeira de uma família rica do interior paulista, foi diagnosticada com esquizofrenia aos 31 anos e, segundo médicos, considerada incapaz de administrar sua riqueza. A aristocrata foi transferida para um casarão reformado para lidar com os sintomas da doença —hoje questionada por historiadores—, onde permaneceu isolada até morrer, aos 74 anos. Gerido pela USP, o espaço tem uma mostra fixa sobre a história de sua antiga moradora.
Casa de Dona Yayá - Centro de Preservação Cultural da USP - R. Mj. Diogo, 353, Bela Vista, região central, tel. 2648-1501. Seg. a sex.: 9h às 17h. Livre. GRÁTIS

Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, casa-museu nos Jardins
Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, casa-museu nos Jardins - Henrique Luz/Divulgação

Fundação Cultural Ema Gordon Klabin
Filha de imigrantes lituanos nascida no Rio de Janeiro, a empresária Ema Gordon Klabin (1907-1994) teve participação significativa no cenário cultural de São Paulo. Ema foi membro de conselhos de instituições como o Masp e a Bienal de São Paulo, além de participar de leilões beneficentes e promover concertos em sua casa.

Apreciadora de música e de arte, colecionou obras entre pinturas, esculturas e móveis de diversos países, como a China, o Peru e a Nigéria. Mais de 1.500 peças compõem o acervo, exposto pelos cômodos da casa-museu, aberta para visitas do público. A fundação cultural também realiza shows, cursos e oficinas no local.
R. Portugal, 43, Jardim Europa, região oeste, tel. 3897-3232. Qua. a dom.: 14h às 17h. Ingresso: R$ 10. Sáb. e dom.: grátis.

Instituto Bardi - Casa de Vidro
São muitos os adjetivos para a casa: ícone da arquitetura moderna do Brasil, patrimônio histórico pelo Condephaat, residência e primeiro projeto construído pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo  Bardi (1914-1992), em 1950. Em meio a um jardim de 7.000 m², pilares de concreto sustentam o imóvel, com fachada de vidro (daí o nome), em que Lina morou por 40 anos com o marido, Pietro (1900-1999). 

O casal é essencial para a cultura paulistana —ele foi um dos fundadores do Masp e ela, a arquiteta responsável pelo prédio do museu. Lina também assina o Sesc Pompeia e o Teatro Oficina. Atualmente, a Casa de Vidro é sede do instituto de pesquisa que leva o nome do casal, além de abrigar exposições temporárias sobre arquitetura.
R. Gen. Almério de Moura, 200, Vl. Tramontano, região oeste, tel. 3744-9902. Qui. a dom.: 10h às 15h30. Ingresso: R$ 20. É necessário fazer inscrição p/ educativo@institutobardi.com.br.

Fachada do museu Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo
Fachada da Solar da Marquesa de Santos, museu no centro de São Paulo - Sylvia Masini/Divulgação

Solar da Marquesa de Santos
Palco de festas da elite paulistana durante o século 19, o palacete onde morou Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867), funciona hoje como sede do Museu da Cidade de São Paulo. Foi no casarão que a aristocrata, amante de dom Pedro 1°, passou os últimos anos de vida, após romper com o imperador. 

Nesse período, além de promover bailes e saraus literários frequentados por artistas, acadêmicos e personalidades da política brasileira, a marquesa também ficou conhecida por prestar auxílio a pobres e doentes. Atualmente, uma outra mulher é a estrela da casa: Yolanda Penteado (1903-1983), mecenas das artes, é a homenageada de uma mostra que conta sua história, em cartaz até dezembro.
R. Roberto Simonsen, 136, 1º andar, Sé, região central, tel. 3241-1593. Ter. a dom.: 9h às 17h. Livre. GRÁTIS

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