Crítica: rede norte-americana peca no ponto da lagosta

É possível uma rede de 700 restaurantes padronizados, a Red Lobster, cumprir o lema: "peixe fresco, lagosta viva"? Seria normal numa casa, digamos, no litoral do Ceará; mas uma empresa gigante com tantos restaurantes longe do mar?

Ainda não dá pra saber completamente nas casas que estão abrindo no Brasil, duas das quais, em aeroportos. A da Faria Lima até já tem o aquário para as lagostas -vazio, por enquanto.

Mas no cardápio as lagostas ("lobsters") abundam. Não são abatidas na hora do pedido, mas são trucidadas na cozinha -cozidas demais, têm o ponto duro ou borrachento daquelas de rodízio caro de carnes.

Crédito: Divulgação Cauda de lagosta grelhada, patas de caranguejo e camarões empanados e gratinados (R$ 99)
Cauda de lagosta grelhada, patas de caranguejo e camarões empanados e gratinados (R$ 99)

Também há imperícia em pratos como lulas e vegetais crocantes: tão mal empanados que brilham gordura em suas crostas esfarinhadas.

Mas nem tudo é tão ruim: os camarões ao vapor (apesar do ralo molho "scampi") são OK, enquanto o linguado assado com crosta de especiarias e o salmão grelhado são mais do que satisfatórios.

Com isso, na média a casa se salva -ainda brindando os viciados em doce com ícones da obesidade americana como o úmido bolo de chocolate com castanhas e sorvete de baunilha, que chega a ser maior do que na foto do cardápio.

Avaliação: Regular
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