Se existe alguma coisa que une dois lugares tão diferentes como a Califórnia e São Paulo, isso certamente é o avocado toast. Mas, ao contrário da costa oeste americana, que tem lanchonetes especializadas no quitute aos montes, a capital paulista ganhou o primeiro empreendimento temático da receita apenas em janeiro deste ano.
No Avoca Toast, a torrada é o Achado e se divide em sete variações —além do pão e de uma generosa camada de avocado, em pedaços ou em pasta, ainda há opções que levam bacon, homus de beterraba, salmão gravlax ou sementes de abóbora e girassol.
Entre os mais pedidos está o Shroomelo, que custa R$ 25 e é elaborado com uma fatia de pão de fermentação, pasta de avocado temperada com sal, pimenta-do-reino, limão-siciliano e azeite, cogumelos paris salteados, queijo de cabra boursin e cebolinha. O lanche tem cerca de 200 g e o nome é uma brincadeira que usa o sufixo das palavras mushroom (cogumelo em inglês) e cogumelo.
Os pães são artesanais, após uma fermentação de 72 horas, mas assados em uma forma. “A estratégia é para que as porções fiquem sempre do mesmo tamanho, padronizando o serviço”, afirma Brendon Peters, um dos sócios do estabelecimento. Antes da montagem, as fatias são chapeadas com manteiga para criar uma casca crocante, mantendo o miolo macio.
O avocado é do tipo Hass, uma variedade com baixo teor de água e alta concentração de gorduras boas à saúde. Além de mais saborosa, a fruta tem uma textura parecida com a de um queijo cremoso – perfeito para rechear um sanduíche, pois não encharca o pão como os abacates mais comuns no Brasil. “Apesar do apelo à alimentação saudável, a proposta era de descomplicar o consumo”, diz Peters.
O ponto do restaurante não poderia ser mais estratégico: o Beco do Batman, na Vila Madalena, em um espaço descontraído com autosserviço, poucos assentos e decorado com grafites do artista Max Demiam. Assim como os pratos, o lugar é muito instagramável.
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