Cerca de 6 km separam Higienópolis do Itaim Bibi, bairro que o chef francês Erick Jacquin elegeu para abrigar o novo endereço de seu restaurante La Brasserie, um dos franceses mais refinados da cidade de São Paulo.
"A cidade está muito entupida, o trânsito está um inferno", justifica o cozinheiro, com seu sotaque cheio de erres. "Estou cansado de ouvir gente falando que Higienópolis é contramão, que é muito longe", reclama.
Detentor da fama de genioso, Jacquin deixou a França há 17 anos, pouco depois de seu restaurante alcançar uma estrela pelo guia "Michelin". Em São Paulo, sua casa é uma das sete agraciadas com cotação máxima pelo crítico da Folha, Josimar Melo.
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As receitas, de matriz francesa, passam agora a ser servidas no prédio onde funcionou o La Vecchia Cucina. O mobiliário e até o fogão de Higienópolis constam no novo cenário. Metade do cardápio, por sua vez, foi alterado.
Ao lado de clássicos remanescentes --caso do pato na panela (R$ 78)-- figuram novidades como o canelone de lagostim com creme de parmesão e vinho tinto (R$ 59) e o pernil de porco assado em baixa temperatura com feijão-branco e azeite de nozes (R$ 58).
De olho nos profissionais da região, há mais opções de menu-executivo (R$ 47), com pratos que devem mudar a cada 15 dias. E agora o chef passa a servir o menu chamado De Família (R$ 75) nos almoços de sábado e de domingo. O valor, mais em conta para os cifrões da casa, dá direito a uma caipirinha, a uma entrada e a um prato principal, que pode ser risoto de ragu de cordeiro ou filé "au poivre".
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