Premiado em Cannes, "Azul É a Cor Mais Quente" evoca intensa história de amor

Adèle é uma garota comum, seus interesses não ultrapassam singelezas como a leitura ou o espaguete que seu pai cozinha. No liceu onde estuda, ela tenta namorar um garoto, mas se sente vazia.

Entre silêncios, solidões e sorrisos, Adèle empreende uma busca por si mesma. Essa procura íntima é seguida muitas vezes com longas cenas e em primeiro plano pelas lentes do diretor Abdellatif Kechiche ("O Segredo do Grão") em "Azul É a Cor Mais Quente", que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano.

No longa, é por acaso que ela se depara com Emma, jovem de cabelos azuis. A partir daí, Adèle passa a transparecer sua curiosidade, e a paixão entre as duas se desenvolve.


Kechiche não poupa as descobertas --as sexuais, principalmente-- e as angústias desse relacionamento: Emma é artista plástica, enquanto Adèle aspira se tornar professora do primário. Emma discute Klimt, Adèle passa longos planos observando paisagens.

Parte da trama de "Azul" é baseada na história em quadrinhos homônima de Julie Maroh, embora também tenha como inspiração o livro "A Vida de Marianne", de Pierre de Marivaux.

Ainda assim, como revela o título original do longa --"A Vida de Adèle - Capítulos 1 e 2"--, o filme retrata os dois momentos da vida da personagem que vigiamos de perto: sua inocência e confusão seguidas de amadurecimento.

Informe-se sobre o filme


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