Depois de Leonardo DiCaprio mergulhar num estado paranoico em "A Ilha do Medo", de Martin Scorsese, o ator volta a explorar os limites da mente em "A Origem", filme de Christopher Nolan que estreou na sexta-feira (6). Nos dois casos, o ponto da discórdia é uma mulher vista como traiçoeira.
Essa é apenas uma das curiosidades de "A Origem", um dos filmes mais comentados do ano, que figura no topo das bilheterias americanas com uma arrecadação de quase US$ 200 milhões.
Mas por que tanto alvoroço? Nolan prova que é bom em criar enredos descontínuos, assim como fez em "Amnésia" (2000), para agarrar a atenção do público, que se diverte tentando reconstruir seus quebra-cabeças.
DiCaprio interpreta Cobb, um ladrão de sonhos com o poder de entrar na mente de outras pessoas. Tem como fiel parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt) e uma jovem prodigiosa (Ellen Page), escalada para montar as paisagens do inconsciente.
Há regras no jogo: quem for baleado no sonho, acorda para a realidade; misturar memórias pode ser fatal. No mundo criado por Nolan, as ruas de Paris se curvam e homens flutuam num hotel. Vale mais degustar as imagens do que equacionar a trama.
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