Komah e Tanit dividem título de melhor novo restaurante; Napoli Centrale é indicada pelo público

Na eleição de melhores eventos de 2016 promovida pelo "Guia", dois restaurantes dividiram o posto de destaque do ano. O júri de especialistas convidado pela publicação chegou a um empate entre o coreano Komah e o mediterrâneo Tanit na 1ª colocação.

Na sequência, vieram Salvatore Loi em 2º lugar e outro empate no último posto do pódio, entre Lilu e Modern Mamma Osteria. Veja abaixo os votos que cada um recebeu.

Aberto em meio a galpões da Barra Funda, o Komah oferece criações do chef Paulo Shin –clássicos da cozinha coreana em novas roupagens. 

São Paulo, SP, Brasil, 24-05-2016: Restaurante coreano Komah, Rua Cônego Miguel Marino, 382 - Barra Funda. (foto Gabriel Cabral/Folhapress)
Prato do restaurante coreano Komah - Gabriel Cabral/Folhapress

A principal referência do Tanit é a procedência do chef: catalã. Na Europa, Oscar Bosch passou pelas cozinhas ultraestreladas dos conterrâneos Ferran Adrià e irmãos Roca.

gazpacho
Gazpacho do restaurante Tanit - Gabriel Cabral/Folhapress

A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.

Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor entre os novos restaurantes foi a pizzaria Napoli Centrale, que teve 59% dos votos. 


1º lugar (empatados com 6 pontos): Komah e Tanit

2º lugar (4 pontos): Salvatore Loi

3º lugar (empatados com 3 pontos): Lilu e Modern Mamma Osteria


- André Sturm, diretor do MIS e futuro secretário municipal de Cultura

1º lugar: Salvatore Loi. Cozinha italiana deslumbrante. E não usa manteiga, e sim azeite nos risotos

2º lugar: Esther Rooftop. Um concorrente para melhor vista da cidade. Comida contemporânea com serviço clássico

3º lugar: Ca'd'Oro. Um clássico revisitado com o padrão desejado. Não era fácil a tarefa, mas o resultado ficou excelente

Pior do ano: não citou


- Flávia G. Pinho, jornalista de gastronomia

1º lugar: Modern Mamma Osteria. De novo, a união de Salvatore Loi e Paulo Barros rende um restaurante genial

2º lugar: Hospedaria. Cozinha excelente e fora dos bairros de sempre —ponto duplo para Fellipe Zanuto

3º lugar: Lilu. André Mifano se reinventou por completo e, mais uma vez, conseguiu surpreender

Pior do ano: Karú. O talentoso André Ahn sucumbiu à ansiedade e acabou pecando pelo excesso (a casa já tem outro chef)


- Josimar Melo, crítico da Folha

1º lugar: Tanit. Melhor de dois mundos —chef de pegada contemporânea fazendo classicão espanhol

2º lugar: Sympa. Cozinha francesa anda perdendo força no Brasil: bom reencontrá-la, rejuvenescida

3º lugar: Komah. Não dá pra acreditar que a vetusta cozinha coreana pode ser moderna —mas pode

Pior do ano: Rua Amauri. Antiga meca de restaurantes respeitáveis, hoje quase não tem sobreviventes


- Luiza Fecarotta, crítica da Folha

1º lugar: Komah. Coreano com sabor, personalidade e ousadia, fora do circuito óbvio e de preços amigos

2º lugar: Lilu. Eis um novo André Mifano. Mas firme e forte em sua essência: tratar com respeito ingredientes em seu estado bruto

3º lugar: Salvatore Loi. Baita cozinha italiana que se divide entre o clássico e o inventivo; paga-se muito, come-se bem

Pior do ano: É esdrúxulo um restaurante topetudo como o Niaya oferecer sorvete de cocô (sic) no cardápio


- Magê Flores, repórter de gastronomia da sãopaulo

1º lugar: Tanit. De potentes entradas às leves sobremesas, uma cozinha especial que não se recobre em pompa

2º lugar: Komah. Ser conduzido pelo chef Paulo Shin e por sua mãe a sabores coreanos é um (sorridente) privilégio

3º lugar: JoJo Ramen. O queridinho lámen em fórmula toda bem cuidada. E uma fila que assusta até foodie

Pior do ano: Chefs fazendo propaganda de ingredientes que nunca entrariam em suas cozinhas


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:

1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto

Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).

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