Acostumado a manusear panelas e criar receitas na frente dos fogões, o chef Gustavo Rozzino precisou aprender a lidar com uma máquina de chope para abrir o NoBar, nos Jardins.
À frente dos restaurantes TonToni e TonTon, Rozzino é um em uma lista de cozinheiros que se aventuram em abrir bares próprios. No NoBar, inaugurado há um ano, o clima é de boteco num salão retrô, com engradados de cerveja e acepipes servidos de uma vitrine no balcão.
"Adoro essa vida de barzinho e não tinha nenhum para a clientela fiel do bairro. Mas dá trabalho, estou aprendendo a lidar", diz o chef.
O representante mais recente é A Casa da Esquina, comandada por Giovanna Grossi, do Animus, aberto há um mês. A chef alagoana reformou um sobrado de esquina em Pinheiros, incorporando artesanatos garimpados à decoração de tons terrosos.
Em comum nesses endereços, receitas típicas de boteco ganham toques de chef com drinques geralmente assinados por bartenders. Conheça a seguir.
Bar do Vaticano
Erick Jacquin abriu um bar no subsolo de seu restaurante Lvtetia, com agenda de música ao vivo. A carta de drinques acaba de ser renovada e traz autorais como o batizado de chef Jacquin (R$ 59), com gim, gengibre, maracujá, limão e água com gás. Para comer, ele serve massas e petiscos como a brusqueta de tomate, muçarela e manjericão (R$ 45).
R. da Consolação, 3.585, Cerqueira César, região oeste, @bardovaticanojacquin
Bar du Quartier
É o bar do complexo fundado pelo chef Claude Troisgros, que reúne dois restaurantes. Ele prioriza coquetéis clássicos, a exemplo do negroni sbagliato, que leva Campari, vermute e espumante brut (R$ 42). Aperitivos acompanham os goles, como a porção de pastel de camarão thai (R$ 46).
R. Prof. Tamandaré Toledo, 25, Itaim Bibi, região oeste, @barduquartier
Boteco de Manu
O bar da chef Manuelle Ferraz, do A Baianeira, vive agitado. O clima é de boteco raíz. Os petiscos ganham toque de Minas Gerais, terra da cozinheira, caso do nozinho de queijo temperado (R$ 26). Prove o goró de mainha, bebida feita à base de cachaça, gengibre, melaço e canela (R$ 39 a garrafa).
R. Lavradio, 235, Barra Funda, região oeste, @botecodemanu
A Casa da Esquina
Receitas da chef Giovanna Grossi, como a coxinha de rabada com molho defumado de pimentas (R$ 25 duas unidades), podem acompanhar drinques como o coentro, tô dentro (R$ 36), de tequila infusionada com pimenta-de-cheiro, xarope de coentro e suco de limão-taiti. Outra pedida é a batida feita com leite de coco, vodca, cajá e cumaru (R$ 20).
R. Vupabussu, 329, Pinheiros, região oeste, @a.casadaesquina
Oripi
O ator Joaquim Lopes também é formado em gastronomia e abriu um boteco descontraído no Ipiranga. Ele prepara receitas afetivas e clássicos paulistanos revisitados, caso do sanduíche de mortadela com manteiga de pistache na focaccia (R$ 48). Para beber, a caipora do Oripi (R$ 38) leva vodca, limões, melaço de cana e caju.
R. Cipriano Barata, 2.640, Ipiranga, região sul, @oripiboteco
NoBar
No lugar de um antigo pé-sujo, o bar manteve elementos como o balcão e uma chapa. O menu lista sanduíches, pratos-feitos e porções como a de croquete de carne com mostarda (R$ 35). Para molhar a garganta, tem cervejas, chope Brahma, drinques clássicos e caipirinhas por até R$ 39.
R. Guarará, 212, Jardim Paulista, região oeste, tel. (11) 98801-0948, @nobar.sp
Sororoca
Três chefs se uniram para abrir o bar: Marcelo Corrêa Bastos, Gustavo Rodrigues e Thiago Castanho. O menu é dedicado aos peixes e frutos do mar —a salinidade aparece também nos drinques. Uma das pedidas é o guioza de camarão com tucupi (R$ 62).
R. Simão Álvares, 785, Pinheiros, região oeste, @bar.sororoca
Tantin
É comandado pelo chef Marco Aurélio Sena e tem jeitão de boteco, com petiscos brasileiros para tomar com cerveja gelada e caipirinha. Faz sucesso a coxinha de frango caipira assado, batata, queijo e milho verde (R$ 30).
R. dos Pinheiros, 987, Pinheiros, região oeste, @tantinbar
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