Hideout, bar de Santos, chega a São Paulo com foco na técnica de coquetelaria

Endereço ganhou filial na Vila Madalena com drinques de Sylas Rocha e comes de Dário Costa

São Paulo

O Hideout, bar que é referência em alta coquetelaria em Santos, subiu a serra e ganhou uma filial na capital paulista que dá foco à técnica.

Batizada de The Door, a nova casa fica escondida atrás de uma portinha de madeira, sem letreiro, que quase passa despercebida no agito da Vila Madalena, na região oeste. Para entrar, é preciso tocar a campainha e depois passar por um corredor até acessar o salão diminuto de clima intimista, com luz baixa e capacidade para 32 pessoas.

Drinque do bar The Door Hideout, na Vila Madalena
Sherry lab, um dos drinques do The Door Hideout, bar na Vila Madalena - Ricardo Albuquerque/Divulgação

Para comandar a barra (não há balcão) da versão paulistana, instalada numa antiga casa, os fundadores Aline Araújo e Marcelo Malanconi convidaram o bartender (e também sócio) Sylas Rocha, que tem passagem por bares em países como França, Holanda e Argentina.

Rocha usou diferentes técnicas e tecnologias nos preparos para montar a carta com 15 coquetéis autorais. Nos fundos do imóvel, um espaço funciona como seu laboratório. Ali, estão máquinas como fermentadoras, centrífugas, desidratadoras e uma Rotavapor, evaporadora rotativa que extrai o aroma de ingredientes e é rara nas cozinhas brasileiras.

Um dos resultados é um bloody mary transparente, que perde seu vermelho característico ao passar por um processo de clarificação —mas permanecem o cheiro e o sabor da bebida, que mistura suco de tomate extraído no slow juicer, vodca com fatias de bacon, shoyu caseiro destilado na Rotavapor, cambuci clarificado e tempero tajin. Custa R$ 45.

Drinque do bar The Door Hideout, na Vila Madalena
No blood, Mary, drinque do The Door Hideout - Ricardo Albuquerque/Divulgação

Outra criação sua, o red door (R$ 50) é feito com bourbon, leite de pistache com framboesa, xarope de cevada maltada, schrub de clementina e cumaru, espuma de queijo e laranja.

Além de releituras de clássicos, os mocktails também são destaque. Um deles é uma versão zero álcool do clássico boulevardier (também por R$ 45). O sabor é quase idêntico ao original, um pouco mais doce, e leva bourbon, blend de vermutes e Campari.

Para acompanhar, há comes assinado por Dário Costa, chef que virou referência ao comandar três restaurantes dedicados aos frutos do mar no litoral. Uma das pedidas é o sanduíche de camarão com maionese picante e picles de cebola roxa no pão de cará (R$ 40; duas unidades).

Há sobremesas com um toque alcoólico, como o sorvete de uísque com missô e mel (R$ 28, no potinho).

Os fundadores, Aline e Marcelo, se conheceram em São Paulo e foram morar juntos em Santos. Apaixonados por coquetelaria, decidiram abrir o próprio bar para beber bem no litoral, em 2019. Três anos depois, veio o Hideout Fizz, na cobertura de um hotel em Santos. Neste ano, veio o convite de um sócio investidor, João Warzee, para abrir a terceira casa na capital.

Antes de ir, é necessário fazer reserva.

The Door Hideout

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais