“Pessoas me perguntam o tempo todo: ‘Que tipo de histórias você quer contar, Viola?’. E eu digo: ‘Exumam esses corpos. Exumam essas histórias. As histórias das pessoas que sonharam grande e nunca viram esses sonhos se realizarem. Pessoas que se apaixonaram e perderam’. Eu me tornei uma artista —graças a Deus— porque somos a única profissão que celebra o que significa viver a vida.”
Com esse discurso, a atriz Viola Davis recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação da tolerante Rose em “Um Limite Entre Nós”. O filme foi, ainda, indicado aos Oscars de melhor roteiro adaptado, filme e ator (Denzel Washington, que também dirige a montagem).
Baseado na peça homônima (1983) de August Wilson (1945-2005), o longa conta uma dessas histórias de sonhos frustrados mencionadas por Viola. Ambientado nos Estados Unidos da década de 1950, o filme narra a trajetória de Troy (Washington), um homem negro que desejava ser jogador de beisebol, mas que acabou como lixeiro. Para ele, o motivo do fracasso foi a segregação racial. Quando seu filho quer seguir o mesmo sonho, Troy tenta impedi-lo, o que detona problemas familiares.
O protagonista, rígido e disciplinador, acaba criando barreiras (“Fences”, em inglês, nome original) que mais isolam do que protegem.
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