Braca, bar inspirado no clássico carioca Bracarense, tem inauguração adiada em SP

Boteco deseja trazer o estilo boêmio do Rio para a capital paulista com chope e petiscos conhecidos

São Paulo

Quem está acostumado a observar a boemia carioca sabe que sol, praia e chope gelado são indispensáveis —e há 60 anos um endereço faz parte desse cenário, o Bracarense, no Leblon. Agora o clássico do Rio de Janeiro pegou a Dutra em direção a São Paulo, onde vai ser inaugurado o bar Braca, filial não oficial do Bracarense tocada por Kadu Tomé, sócio das duas casas.

"Sempre tive meu nome muito vinculado ao Bracarense", comenta Tomé, que desde os 15 anos trabalha no bar fundado pelo seu avô Arnaldo Tomé, morto em 2013. Mas a versão paulistana, que tinha previsão de abertura para sábado, dia 15, vai ter a inauguração adiada.

Imagem em 3d da área interna do Braca com mesas e cadeiras
Projeto em 3D do Braca, filial não oficial do bar carioca Bracarense - Divulgação

O bar, que ainda está em obras no Itaim Bibi, teve a abertura postergada para o fim do mês. Segundo os sócios, o motivo não foi o crescimento das infecções por Covid-19 em São Paulo, mas um atraso na entrega da máquina de chope do estabelecimento.

O Braca vai ter uma varanda a céu aberto e capacidade para 120 pessoas —mais do que o bar carioca, onde cabem no máximo 90 pessoas, fazendo com que as calçadas do Leblon fiquem lotadas.

Ao contrário de muitos endereços da moda em São Paulo, a casa não terá nenhum chef renomado nem barman premiado, mas buscará manter o perfil de bar tradicional, priorizando o chope gelado, petiscos e pratos de boteco. "Não queremos inventar a roda, vamos apenas fazer o feijão com arroz que todo mundo já conhece", afirma Tomé.

"A ideia é trazer tudo o que deu certo no Rio", comenta o empresário, que divide a sociedade com Augusto Vianna, sócio do bar paulistano Esquina do Souza.

Segundo os donos, quem for ao Braca não vai encontrar apenas os petiscos servidos na filial carioca, mas também comidinhas famosas em outros botecos. "Queremos fazer homenagens aos grandes bares que amamos. Vamos ter um polvo parecido com o do bar Adonis, de Benfica, em Portugal, por exemplo. Do Bracarense vamos trazer o tradicional bolinho de camarão, mas também vamos ter o bolinho de carne da Esquina do Souza. Vamos colocar no menu tudo do que a gente gosta."

Imagem da fachada do bar em 3d. Fachada azul, logo centralizado e uma árvore
Projeção da fachada do Braca, que teve inauguração adiada no Itaim Bibi, em São Paulo - Divulgação

O Bracarense, famoso entre turistas e cariocas, recebeu em novembro do ano passado o título de Patrimônio Cultural Carioca. Já em terras paulistanas, Tomé afirma que o objetivo é transformar o Braca também em um clássico de São Paulo, mas sem pressa. "Precisamos aprender ainda bastante com os paulistanos."

Bar Braca

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