Na eleição de melhores eventos de 2016, os especialistas convidados pelo "Guia" apontaram a SP na Rua como a melhor festa do ano.
A balada levou vantagem sobre a ODD, 2ª colocada, e Hipster Party e Boiler Room, empatadas no 3º lugar —veja abaixo os votos que cada uma recebeu dos cinco jurados.
O evento SP na Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, reúne coletivos e artistas em ruas e pontos históricos da cidade.
A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.
Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor entre as festas foi a XXXBórnia, que teve 53% dos votos.
1º lugar (6 pontos): SP na Rua
2º lugar (5 pontos): ODD
3º lugar (empatadas com 3 pontos): Hipster Party e Boiler Room SP
- Alex Kidd, do blog "120 BPM"
1º lugar: SP na Rua. Milhares de pessoas dançando sem preconceitos e ruas do centro antigo iluminadas por belíssimas projeções provaram que lugar de festa boa é na rua
2º lugar: Néonloop! Em que lugar você vai ouvir sons de um teremim, loops de um violão flamenco criados por um software e violinos harmonizando com guitarras?
3º lugar: Synth Fest. A primeira edição da noite dedicada aos sintetizadores fez até o Demogorgon dançar. O show do Anvil FX foi inesquecível
Pior do ano: O cancelamento da edição 2017 do Tomorrowland
- Felipe Gabriel, fotógrafo e colaborador do "Guia"
1º lugar: Boiler Room SP. Tradicional, com transmissão ao vivo e qualidade no sistema de som e no line-up. Foi incrível do início ao fim
2º lugar: ODD. O cyberpunk apocalíptico se une a batidas do techno, do acid e de outras vertentes, unindo lendas e novidades
3º lugar: Gop Tun Presents Dekmantel. O festival holandês, em parceria com o núcleo paulistano, fez um show case impecável
Pior do ano: não citou
- Guilherme Falcão, designer
1º lugar: ODD. Tudo parece que é construção e já é ruína. O público dança até a exaustão o techno mais fino da noite paulistana. O zeitgeist de 2016
2º lugar: Dando. No cruzamento (ui) entre boa música e nudez sem preconceitos, a irmã da Pop Porn se destaca entre as festas de sexo de São Paulo
3º lugar: Selvagem. Cinco anos desbravando a noite na sauna ou na praça com a melhor pesquisa sonora da cidade
Pior do ano: Poucas DJs mulheres, transfobia, homofobia, assédio; se a noite é diversidade, liberdade e jogação, isso tirou a graça em 2016
- Júlia Tibério, editora da "L'Officiel Brasil"
1º lugar: Hipster Party. A última edição do ano agitou a Fabriketa -uma das pistas, em um contêiner, alternava hip-hop e reggaeton. Agrada a todo mundo
2º lugar: Corona Summertime Sunsets. Ótima sacada para movimentar sobretudo as tardes de domingo. Boa estrutura, gente bonita e cenário idem
3º lugar: Tardezinha. A festa carioca traz o clima praiano a SP, com ambientação tropical e pé na areia. Muita música brasileira e um pouco de eletrônica
Pior do ano: O número de roubo de celulares em festas, cada vez maior! Nem as revistas montadas nas portas de saída têm ajudado
- Marcelo Paixão, fotógrafo
1º lugar: SP na Rua. Os coletivos demonstram suas forças para ressignificar uma noite no centro de SP
2º lugar: Mamba Negra. A festa conta com uma estética política amadurecida e line-up impecável
3º lugar: Blum. Atmosfera trash, intimista e psicodélica que mais me agrada, BPMs mais lentos
Pior do ano: Eventos de marcas na rua, que privatizam o espaço público com o cercamento das vias
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
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