SP na Rua é eleita melhor festa da cidade; público elege XXXBórnia

Na eleição de melhores eventos de 2016, os especialistas convidados pelo "Guia" apontaram a SP na Rua como a melhor festa do ano.

A balada levou vantagem sobre a ODD, 2ª colocada, e Hipster Party e Boiler Room, empatadas no 3º lugar —veja abaixo os votos que cada uma recebeu dos cinco jurados.

O evento SP na Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, reúne coletivos e artistas em ruas e pontos históricos da cidade.

A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.

Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor entre as festas foi a XXXBórnia, que teve 53% dos votos.

Legenda: SAO PAULO, SP, BRASIL, 09-02-2014, 00h00: ENCONTRO COLETIVOS SP NA RUA. Publico danca em pista no Largo do Cafe. Encontro de coletivos, SP na Rua, que aconteceu na madrugada de hoje (09) nas
Edição da festa SP na Rua, no largo do Café - Apu Gomes/Folhapress



1º lugar (6 pontos): SP na Rua

2º lugar (5 pontos): ODD

3º lugar (empatadas com 3 pontos): Hipster Party e Boiler Room SP


- Alex Kidd, do blog "120 BPM"

1º lugar: SP na Rua. Milhares de pessoas dançando sem preconceitos e ruas do centro antigo iluminadas por belíssimas projeções provaram que lugar de festa boa é na rua

2º lugar: Néonloop! Em que lugar você vai ouvir sons de um teremim, loops de um violão flamenco criados por um software e violinos harmonizando com guitarras?

3º lugar: Synth Fest. A primeira edição da noite dedicada aos sintetizadores fez até o Demogorgon dançar. O show do Anvil FX foi inesquecível

Pior do ano: O cancelamento da edição 2017 do Tomorrowland


- Felipe Gabriel, fotógrafo e colaborador do "Guia"

1º lugar: Boiler Room SP. Tradicional, com transmissão ao vivo e qualidade no sistema de som e no line-up. Foi incrível do início ao fim

2º lugar: ODD. O cyberpunk apocalíptico se une a batidas do techno, do acid e de outras vertentes, unindo lendas e novidades

3º lugar: Gop Tun Presents Dekmantel. O festival holandês, em parceria com o núcleo paulistano, fez um show case impecável

Pior do ano: não citou


- Guilherme Falcão, designer

1º lugar: ODD. Tudo parece que é construção e já é ruína. O público dança até a exaustão o techno mais fino da noite paulistana. O zeitgeist de 2016

2º lugar: Dando. No cruzamento (ui) entre boa música e nudez sem preconceitos, a irmã da Pop Porn se destaca entre as festas de sexo de São Paulo

3º lugar: Selvagem. Cinco anos desbravando a noite na sauna ou na praça com a melhor pesquisa sonora da cidade

Pior do ano: Poucas DJs mulheres, transfobia, homofobia, assédio; se a noite é diversidade, liberdade e jogação, isso tirou a graça em 2016


- Júlia Tibério, editora da "L'Officiel Brasil"

1º lugar: Hipster Party. A última edição do ano agitou a Fabriketa -uma das pistas, em um contêiner, alternava hip-hop e reggaeton. Agrada a todo mundo

2º lugar: Corona Summertime Sunsets. Ótima sacada para movimentar sobretudo as tardes de domingo. Boa estrutura, gente bonita e cenário idem

3º lugar: Tardezinha. A festa carioca traz o clima praiano a SP, com ambientação tropical e pé na areia. Muita música brasileira e um pouco de eletrônica

Pior do ano: O número de roubo de celulares em festas, cada vez maior! Nem as revistas montadas nas portas de saída têm ajudado


- Marcelo Paixão, fotógrafo

1º lugar: SP na Rua. Os coletivos demonstram suas forças para ressignificar uma noite no centro de SP

2º lugar: Mamba Negra. A festa conta com uma estética política amadurecida e line-up impecável

3º lugar: Blum. Atmosfera trash, intimista e psicodélica que mais me agrada, BPMs mais lentos

Pior do ano: Eventos de marcas na rua, que privatizam o espaço público com o cercamento das vias


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:

1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto

Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).

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