Como fazer um documentário sobre o artista que deixou como legado a emergência do estado de invenção? Em "Hélio Oiticica", em exibição na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o desafio foi assumido por seu sobrinho, César Oiticica Filho.
Morto em 1980, aos 42 anos, Oiticica viveu intensamente a efervescência de uma época. Do Rio de Janeiro, de Nova York ou de Londres, ele produzia as chamadas "Héliotapes", fitas cassete em que registrava suas ideias e enviava a amigos. Esta é a principal matéria-prima para a construção do filme.
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Assim, o diretor optou por deixar de lado depoimentos de terceiros e manter os relatos do próprio artista. Muitas vezes em tom de manifesto, ouvimos suas versões de alguns dos fatos mais relevantes da cultura brasileira.
Imagens dos "Parangolés" são acompanhadas por sambas da Mangueira e canções de Gilberto Gil e de Jimi Hendrix.
Sem nostalgia superficial, o filme dá conta, por meio de uma montagem dinâmica, de apresentar o universo experimental de Oiticica.
"HÉLIO OITICICA" - SESSÕES
Dia 29
13h - Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 01
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