Crítica: Diretor canadense Guy Maddin tece trama onírica em "Keyhole"

Quem viu e se encantou com a retrospectiva de Guy Maddin na Mostra de 2009 não vai se arrepender se incluir "Keyhole", longa de 2011 do diretor canadense, entre suas escolhas da 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

"Um filme de gângsteres num cenário povoado de fantasmas" é a descrição menos imprecisa que se pode dar de "Keyhole".

Maddin explora as possibilidades voyeurísticas do buraco da fechadura ao qual o título original alude para construir um universo no qual tempo e espaço se sobrepõem e projetam uma visão feita de imagens de cinema, ilógica onírica e fetichismos visuais.

Crédito: Divulgação Em "Keyhole", de Guy Maddin, um gângster embarca em uma estranha jornada dentro de sua própria casa

Mesmo que as semelhanças entre o cinema e o inconsciente sejam mais antigas do que a vanguarda surrealista chegou a acreditar, Maddin ainda tira força desse aparente anacronismo para realizar um filme em que a memória --tema central de sua obra-- torna-se mais irreal quanto mais se faz presente.

Nesse labirinto, o melhor a fazer é se deixar perder.


"KEYHOLE" - SESSÕES

Dia 24
22h10 - Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 03

Dia 25
20h - Cine Sabesp

Dia 26
19h40 - Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 06

Dia 27
23h - Espaço Itaú de Cinema - Augusta 03

Dia 28
15h40 - Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 04

Informe-se sobre o filme

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais