A cozinha ítalo-caipira do chef Jefferson Rueda saiu do armário com a inauguração do restaurante Attimo (zona sul de São Paulo), no fim de julho. Mas o processo não foi rápido.
Para assumir de vez seu híbrido de cozinha italiana e do interior de São Paulo, o chef teve meses para testar as receitas, desde a sua saída do Pomodori, em 2011.
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Nada é empolado na casa modernista dos anos 1950, onde as influências vivem em harmonia: ao lado dos vinhos, repousam 34 rótulos de cachaça; o couvert (R$ 12,80) dá espaço para canjinha e pururuca e também para presunto cru italiano; a refeição é finalizada com expresso (R$ 6,50) e também com um copinho de garapa.
Em meio a prédios de luxo vizinhos e a massas que fizeram sua fama, Rueda tem a audácia de servir pratos como dobradinha (R$ 49) e língua de boi com purê de batata (R$ 52) --triviais, mas que têm figurino (e preços) de alta gastronomia.
Desfolhada pelo garçom, a pamonha (R$ 39) é recheada de cotechino (embutido de porco) e finalizada com creme de queijo taleggio. Outra boa opção, o úmido arroz carnaroli com suã, linguiça, repolho, abóbora e grão-de-bico (R$ 60) sintetiza os pratos vigorosos da carta.
O Attimo é tocado por Marcelo Fernandes (Kinoshita e Clos de Tapas), que se associou a Rueda nesta casa que joga nos dois times --o "ítalo" e o caipira-- e mostra-se bem resolvida. Tem até espaço para um "nipo" no conceito --a japonesa Saiko Izawa faz levíssimas sobremesas.
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