O "Guia Folha" listou dez fatos gastronômicos que marcaram a capital paulista no ano de 2012.
Leia, na retrospectiva abaixo, sobre idas e vindas dos chefs nos restaurantes da cidade, sobre os modismos do mundo da gastronomia, sobre as tendências que se firmaram e sobre as boas aberturas do ano.
Atala é o 4º chef do mundo
No fim de abril, veio o resultado: o restaurante D.O.M. (na zona oeste de São Paulo), do chef brasileiro Alex Atala, foi considerado o quarto melhor restaurante do mundo pela lista "World's 50 Best Restaurants". A premiação anual da revista britânica "Restaurant" é uma das mais respeitadas do mundo. Em 2011, Atala alcançara a sétima posição. O Maní (zona oeste de São Paulo) foi o 51º na lista deste ano (e o 74º no ano passado).
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Os chefs vão à rua (ou quase lá)
A discussão acerca das restrições à comida de rua em São Paulo ganhou endosso em 2012. Parte do mérito deve-se ao evento O Mercado, no qual chefs badalados vendem em barracas quitutes a preços até R$ 20. A feira gastronômica teve edições na galeria Vermelho e no Mercado Municipal de Pinheiros. Chefs de casas famosas, como D.O.M. e Mocotó, participaram de edições. Outra atração do gênero, o Chefs na Rua --braço gastronômico da Virada Cultural--, também teve vez neste ano.
Italiano número 1 da cidade perde chef
Um dos melhores restaurantes de São Paulo, o Fasano --vencedor de prêmios em todos os anos desde 2009 no especial "O Melhor de sãopaulo" -- perdeu o chef Salvatore Loi, que foi titular das casas do grupo por 13 anos. Pressão por redução de custos e mudanças no sistema de administração do grupo Fasano foram as justificativas de Salvatore. Quem assumiu seu posto foi o italiano Luca Gozzani (ex-Fasano Al Mare), que criou um menu gastronômico (com toques contemporâneos) para a clássica casa. Salvatore mudou-se para o italiano Girarrosto, inaugurado em fevereiro de 2012 --com seu ingresso, a cotação do novo restaurante passou de uma para duas estrelas na classificação do crítico da Folha Josimar Melo.
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Bolo de vovó vira mania
Depois da febre dos cupcakes (aqueles minibolos mais bonitos que gostosos), começou o "revival" dos bolos de vovó (mais gostosos que bonitos), como mostrou reportagem do "Guia" de 20 de julho. Lojas especializadas no quitute simples, sem recheios ou grandes coberturas, abriram na cidade. Além das três filiais da Tradicional Bolos Caseiro, inauguraram na cidade Santo Bolo e Bolo de Vó. Afora essas casas especializadas, novas cafeterias passaram a vender o quitute, a exemplo de Kukla e Dicunhada.
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Rua dos Pinheiros mostra vocação gastronômica
A vocação gastronômica da rua dos Pinheiros vinha se esboçando desde 2009. A consolidação, no entanto, chegou em 2012, como mostrou matéria do "Guia Folha" de 25 de maio. Só neste ano, a região teve seis bons lançamentos: o restaurante de cozinha variada Beato (abril), o de comida natural Goshala (março), a padaria artesanal La Gioia (setembro), o espanhol Almodovar (outubro) e as hamburguerias Meat Chopper (agosto) e Meats (novembro).
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Padarias artesanais ganham endosso
São Paulo está repleta de megapadarias, mas 2012 foi fértil no lançamento de micropadarias. Em comum, elas vendem, prioritariamente (ou exclusivamente), pão. E pão de qualidade, feito de maneira artesanal, com ingredientes de boa procedência (orgânicos, muitas vezes). Neste ano, chegaram a São Paulo a rede belga Le Pain Quotidien, o misto de padaria e doceria JellyBread, a de produção orgânica Mr. Baker, a pequenina La Gioia e a mescla de padaria e restaurante Quartier du Pain. E tem mais: a Vila Madalena recebeu uma filial da pioneira P.A.O. e o prestigiado padeiro Rogerio Shimura passou a vender seus produtos na E.A.T.
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Filiais gringas badaladas aportam em São Paulo
Rede de sucesso nos EUA, o Benihana aportou no início de dezembro na cidade, com seus performáticos chapeiros que grelham vegetais, carnes e pescados na frente da clientela. Sucesso nova-iorquino, o badalado Bistrot Bagatelle abriu as portas nos Jardins em novembro. Na mesma rua, foi inaugurado em setembro o Brasserie des Arts, casa de sucesso na Riviera Francesa. O icônico macaron da francesa Ladurée ganhou uma loja junho no shopping JK Iguatemi. Também vale mencionar a rede belga Le Pain Quotidien, uma das boas aberturas de filiais de casas gringas na capital.
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Informe-se sobre o Bistrot Bagatelle
Informe-se sobre o Brasserie des Arts
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Jacquin abandona Higienópolis
O chef francês Erick Jacquin elegeu o Itaim Bibi para abrigar o novo endereço de seu restaurante La Brasserie, um dos franceses mais refinados da cidade. Ele culpou o trânsito de Higienópolis, antiga morada da casa, e disse estar "cansado de ouvir gente falando que Higienópolis é contramão". O restaurante é um dos sete agraciados com cotação máxima pelo crítico Josimar Melo. As receitas, de matriz francesa, passaram agora a ser servidas no prédio onde funcionou o La Vecchia Cucina. O mobiliário e até o fogão de Higienópolis constam no novo cenário.
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Rueda e Miyamura voltam à ativa
Dois chefs que chamaram atenção na cidade nos últimos anos voltaram à tona. Flavio Miyamura, que já passou pelo D.O.M. e pelo Eñe, assumiu em junho o posto de chef e sócio da casa que leva seu nome, o Miya, em Pinheiros (zona oeste de SP). Ali, faz uma cozinha contemporânea que mescla diferentes tipos de cozinha, em pratos como a costelinha de porco com de missô e acelga chinesa. Jefferson Rueda, que vinha mostrando um trabalho exemplar no Pomodori, passou mais de um ano afastado dos restaurantes --dava expediente no Bar da Dona Onça, da mulher, Janaina Rueda. Associou-se ao empresário Marcelo Fernandes para montar o Attimo, onde faz um híbrido de cozinha italiana e do interior de São Paulo, o que ele chama de ítalo-caipira.
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Antiquarius encerra as atividades
A última refeição do restaurante português Antiquarius será servida no dia 25 de dezembro. Depois de 22 anos de funcionamento em São Paulo, a casa de matriz carioca encerra suas atividades na cidade. O uso da marca Antiquarius foi proibido em São Paulo depois de conflitos entre a família dona do restaurante não serem solucionados. A casa era o único português classificado com cotação máxima pelo crítico da Folha Josimar Melo.
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