No Brasil, o Fridays nos remete a duas vivências imediatas: aos ares dos anos 1990 e o sucesso fervoroso das franquias no país e a uma experiência norte-americana simbólica.
Bem, passada a febre e a quarentena da marca, que fechou as portas aqui em 2010, o negócio ressurge mais arrojado, com outros sócios, e assiste ao mesmo fenômeno de público. Gente disposta a esperar horas na fila, a ouvir música alta, a assistir televisões ligadas por todos os cantos e a comer receitas pesadas, feitas sem tanto esmero, em quantidades pantagruélicas, para viver o sonho americano.
Vamos ao suposto sonho, pois. Comecemos por uma montanha de batata frita cortada em rodelas fininhas, ensopada de gordura e besuntada em molho de queijo picante e sour cream (R$ 44,95).
Para seguir, uma das estrelas é a portentosa costela de porco, com fritas anunciadas como crocantes, mas servidas murchas e mornas, e salada coleslaw (a ideia é boa para equilibrar, mas há que caprichar justo nessa porção).
Os nacos são carnudos e sumarentos, gostosos de comer com as mãos e se lambuzar, têm sabor intenso de defumado e são levemente apimentados. Podem, ainda, ser chuchados num molho agridoce (excessivamente doce, aliás), feito com uísque, açúcar mascavo e especiarias, na consistência de xarope.
Das massas, o fettuccine chega à mesa em bom ponto, al dente, embalado em molho cremoso que busca inspiração no clássico alfredo (creme de leite, manteiga e parmesão), com um toque apimentado, camarões, cubos de frango dourados e pimentão. Pesa à beça, mas traz um quentinho ao coração (R$ 46,95).
Hambúrgueres se saem melhor. Rosados por dentro, são envolvidos em um pão de brioche macio e levemente adocicado que também acomoda os excessos característicos da casa: cheddar escorrendo pelas beiradas e bacon assado para dar e vender.
Avaliação: regular
Av. Cidade Jardim, 56, Jardim Paulistano, região oeste, s/ tel. 386 lugares. Seg. a qua. e dom.: 12h às 24h. Qui. a sáb.: 12h às 2h.
12h00
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