Prestigiado chef japonês Jun Sakamoto abre nova unidade de sua casa 'mais em conta' 

O sushiman Jun Sakamoto, dono do requintado e caro restaurante que leva seu nome, abriu há três anos o Junji, uma casa menos cara. A fórmula que resultou no Junji, com unidade recém-inaugurada no ambiente inspirador do centro cultural Japan House (depois do primeiro endereço no shopping Iguatemi), é uma espécie de salvação para quem gosta de comer, mas não pode sempre frequentar as mesas mais caras. No mundo todo, chefs de prestígio abrem restaurantes com menus simplificados e mais em conta do que os da matriz, o que costuma ser uma opção para os clientes e para os proprietários.

O Junji não tem a impostação, nem os ingredientes ultragarimpados da casa principal. Também não tem o próprio Jun Sakamoto no balcão (o que, de resto, também pode não ocorrer na matriz, mesmo não sendo a regra). Mas tem uma variedade de peixes que supera em número, e em qualidade, a esmagadora maioria dos tediosos (mesmo quando gigantescos) cardápios japoneses da cidade.

Sukiyaki servido no restaurante Junji Sakamoto
Sukiyaki servido no restaurante Junji Sakamoto - Rogério Cassimiro/Divulgação

A espera na hora do almoço se justifica: o teishoku, refeição completa trazida na bandeja, pode não ser farto, mas é saboroso e variado, com peixe ou carne cercados de bons acompanhamentos, especialmente legumes —incluindo itens como inhame ou nabo (ok, também os bobos minibrócolis).

E não há somente anchova no teppan. Tem merluza marinada no missô, porco empanado no curry (bem poderia ser o lombo no lugar do filé e com um molho mais condimentado), teppan de bife ancho (na chapa) e o tradicional sukiyaki.

Claro que, para o paulistano, a maior expectativa são os crus, que também são a marca de Sakamoto. Sem os preços estratosféricos a ele associados, seu Junji satisfaz bem com seus temakis de alga crocante e bom atum, e os sushis, que, embora tragam alguma surpresa (a enguia é frita, atum e vieira podem ser selados, e o salmão, trufado), nos entregam em boas condições pescados como olho-de-boi, serra, carapau, vieira e também o beijupirá, que não faz feio. Não é exatamente barato (o teishoku mais caro custa R$ 95, sem sobremesa), mas vale a visita.

Avaliação: bom

Av. Paulista, 52, 2º andar, Bela Vista, região central, tel. 3588-8778. 70 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 18h às 22h. Sáb.: 12h às 16h e 18h às 22h. Dom.: 12h às 18h.

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