O novo endereço do restaurante Farabbud —onde foi o Silo, na Vila Nova Conceição— tem pinta moderna, mas o que tem de mais valioso é sua antiga história. O proprietário, Paulo Abbud, é da família que, junto a outras duas, escreveu os sabores da cozinha libanesa em São Paulo a partir dos anos 1950 em casas como Bambi e Flamingo.
O Farabbud abriu em 2002 em Moema, onde mantém sua matriz. Esta primeira filial, mais luminosa e ampla, tem novidades como um bar de coquetéis (com receitas trazidas do jovial Saj, também da família) e um forno a lenha (que funciona aos finais de semana).
Os clássicos estão todos presentes —esfirras de massa macia, caftas rosadas por dentro, pasta de berinjela com sedutor perfume defumado, e por aí vai. Mas há também pratos menos conhecidos, alguns dos quais são criações da casa.
A esfirra esticadinha (R$ 8) é bem fina e coberta com carne, zátar ou a gostosa opção de cebola, quase adocicada. O trigo frique (R$ 40) é uma entrada com peito de frango, trigo grosso e pimenta síria. O bacalhau confitado no azeite (R$ 75) é uma novidade, servido com batatas com zátar, molho tarator e cebolas caramelizadas —existente apenas na nova casa, assim como o frango com arroz, açafrão da terra e pimenta síria.
Prato consistente é o chacrie: ragu de fraldinha cozida na coalhada fresca servido com anéis de cebola dourada (apenas um pingo de acidez envolvendo a carne bem macia, R$ 64).
Já para uma refeição mais rápida e não limitada a esfirras, há duas versões de sanduíche recheados com cafta: o hambúrguer, com molho acebolado, tomate e coalhada seca (R$ 37); e a pecaminosa versão de beirute com a carne espessa e abundância de queijo, tomate e zátar (R$ 45).
Outra marca registrada da família, desde os anos 1960, é a sobremesa chocolamour (sorvete de creme ou chocolate com farofa doce, chantili e calda de chocolate, R$ 29), que pode também vir numa versão míni para acompanhar o café.
Comentários
Ver todos os comentários