A região do Tatuapé tem uma intensa vida gastronômica, enriquecida agora com a Osteria del Rosso.
Num ambiente rústico que lembra um velho celeiro, com inesperado rock na caixa, reina um lindo forno elétrico napolitano com pedra refratária que não exala o aroma da lenha que arde, mas ataca com altas temperaturas as pizzas de farinha italiana e lenta fermentação. Como a marguerita (com mozarela fior de latte, R$ 44) e a diavola (com linguiça da casa, a mesma mozarela, gorgonzola dolce e jalapeño, R$ 47).
Mas o cardápio vai além —passa por massas, risotos e carnes, com algumas receitas enriquecidas por produtos preparados no próprio restaurante, como linguiças e pastrami. A piadina, espécie de sanduíche com massa crocante (mas infelizmente oleosa), tem recheio de presunto cru, mozarela e rúcula (R$ 30).
Típico da Lombardia, um dos risotos —tem versão totalmente milanesa, al dente e perfumada com açafrão, acompanhada de outro clássico local, a bisteca (aqui é de porco) à milanesa —que, no entanto, na montagem do prato, esmaga o arroz. É preciso meticulosa paciência para alcançá-lo (mas vale o esforço; R$ 59).
As massas caseiras são produzidas com máquinas de bico de bronze; os paccheri (massas tubulares grandes) à carbonara estariam ótimos, inclusive no ponto do cozimento, se o molho não viesse frio (R$ 49); massa de formato parecido, os rigatoni chegam perfumados e fumegantes após passarem pelo forno, com molho de gema, pecorino, guanciale e pimenta (R$ 58).
A tagliata (contrafilé com rúcula e queijo caccio cavalo, R$ 49) é oferecida no ponto, descrito como vermelho, mas não se fie, peça malpassado se quiser mesmo ao ponto. Interessante opção de carne é o assado de tira; que chega à mesa com polenta com fontina e ragu de cogumelos (R$ 72). Antecede o cannolo siciliano (R$ 14) como sobremesa.
Embora com percalços aqui e ali, por seus acertos esta osteria sem dúvida vale a visita.
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