Descrição de chapéu Crítica
Restaurantes

No Giulietta, Rodolfo de Santis destaca brasa e carne para entregar boa culinária italiana

Restaurante é o terceiro do chef instalado na mesma rua, no Itaim Bibi

São Paulo

Giulietta

As carnes e o fogo vêm ganhando espaço nos restaurantes brasileiros, como no novo Giulietta. Mas este está bem longe de ser uma churrascaria: é um restaurante italiano.

Só que, no lugar do gás, esta cozinha é impulsionada por fogos mais brutos —a brasa viva da lenha ou do carvão é o que alimenta suas grelhas, fornos e fogões.

A autoria é de Rodolfo de Santis, nascido na Puglia (sul da Itália) e no Brasil desde 2010. Aqui trabalhou em casas como o Tappo Tratoria antes de ser sócio do Nino Cucina, aberto em 2010. Hoje ele também comanda na mesma rua o Da Marino (de peixes), e o Giulietta.

Pouca coisa vem da grelha convencional, como a costata —bela bisteca com osso maturada a seco por quase um mês (com salada, R$ 110). Rubra e suculenta, se depois de entradas for pedida com guarnições (como batata gratinada e legumes, R$ 25 cada um), dá para duas pessoas.

Distribuída em três pisos de decoração industrial, a casa tem o sabor do fogo mesmo em pratos de longo cozimento de panela, pois passam pelas brasas dos fornos. Caso do ragu de brasato que recheia o maritozzo (espécie de sonho de padaria daqui, R$ 28); o ossobuco de vitelo com tutano (e perfeito risoto milanês, R$ 78); a rabada alla vaccinara (com raro acompanhamento de massa, tonnarelli, R$ 60).

Vegetais também têm sua dose de fogo bruto, jogados diretamente na brasa para assar, como as alcachofras servidas com focaccia e molho de tomate (R$ 36); e a beterraba assada com ricota, hortelã e laranja (R$ 38).

Em meio a tanta chama também há lugar para os crus —embora possam ter seu toque de defumação.
O carpaccio vem de um contrafilé maturado numa capa de cera, servido com cogumelos, pecorino e avelã (R$ 42); a carne cruda chega com orzo, parmesão e gema mole (R$ 40).

Na sobremesa, uma cremosa torta de queijo é servida com pera assada, mas o campeão da larica é a rabanada de brioche caramelizada no forno (ambas a R$ 32).

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