Conheça 10 bares que tocam samba ao vivo aos domingos na Vila Madalena

Grupos musicais se revezam nas casas do bairro que é referência da boemia em São Paulo

04/02/2022

17h20

Jairo Malta

São Paulo

Quem sai para curtir uma roda de samba em São Paulo pode ir para bairros que tradicionalmente são conhecidos como redutos de pandeiros e chapéus-panamá, como o Bexiga, na região central, e Casa Verde, na zona norte da cidade, além, é claro, da Vila Madalena, na zona oeste.

Referência de boemia na capital, o endereço concentra bares com samba de qualidade bem na região da rua Aspicuelta. O ritmo é predominante naquela área especialmente aos domingos –e opção é o que não falta para quem é fã.

O roteiro para curtir um domingo de samba na Vila Madalena tem início no bar Dona Nina, na esquina das ruas Aspicuelta e Fidalga. Os acordes do cavaquinho do grupo de samba Giro do Mangue começam a esquentar por volta das 13h. Dá tempo de ouvir um som e tomar uma cerveja antes de atravessar a rua para conferir o grupo Tamojunto, que agita o restaurante Seu Domingos a partir das 15h.

Os dois apresentam um repertório que mescla pagodes atuais e sambas dos anos 1990. Ambos endereços, aliás, integram a mesma rede do boteco Quitandinha, que fica na mesma via e é o único sem samba aos domingos.

Os fãs de samba raiz encontram sua casa na próxima esquina, no encontro das ruas Aspicuelta e Fradique Coutinho. Ali está o Porto Madalena, boteco que é embaixada do time Esporte Clube Bahia em São Paulo, como evidencia a decoração em vermelho e azul.

Outra dica na rua Fradique Coutinho é o Bar Samba. O som começa a rolar por volta das 16h aos domingos, com diferentes nomes se apresentando a cada semana. Neste domingo (6), por exemplo, quem comanda a música do local é Paulinho Sampagode.

Depois, a partir das 17h, a trupe do A Cara do Povo comanda a roda de samba com um repertório de canções que remetem ao grupo Fundo de Quintal e ao bloco Cacique de Ramos. "Ouvimos muito que o A Cara do Povo conseguiu levar para a Vila [Madalena] o samba que se ouve nos terreiros, das antigas, de qualidade, e que hoje encanta a todos que passam pelo bar", relata Andrea Veríssimo, dona do estabelecimento.

É nesse mesmo horário que começa também o agito no Boteco do Urso, do outro lado da via. Assim como em outros lugares com música ao vivo na região, por ali as bandas se apresentam na entrada do estabelecimento para que a clientela possa curtir da calçada. Aos domingos, o grupo de pagode Resenha23 é quem puxa o coro.

Já o Vila 567 é um bar mais com cara de balada e programação semanal com shows de samba, pagode, funk e sertanejo. Colado a ele, também nessa linha, está o Boteco Todos os Santos. Ali, são dois os nomes de pagode que se apresentam aos fins de semana: Pituka Santos e Buiú SP mais convidados.

Essas duas últimas casas dividem a calçada com o Navarro Bar, que, aos domingos, além de apresentações de música ao vivo, também tem DJs. Quem bate cartão nos palcos do estabelecimento é o grupo Anacruse, que traz no repertório de sons mais empolgantes aos mais românticos, para aqueles que gostam de dançar agarradinho.

Com um telão do lado de fora da casa, o Patriarca é conhecido por ser ponto de encontro de torcedores de futebol. Além de assistir ao time do coração, quem frequenta o endereço encontra mais uma opção de samba. O espaço tem os cantores Deir Oliveira e Juninho Vox na agenda.

Para provar que no coração da Vila Madalena os domingos são do samba —e também finalizar o passeio musical pela região— chegamos ao clube NossaCasa. O lugar tem pista e clima de balada e, nesse dia da semana, sempre tem DJs e a apresentação dos grupos Trio Vadio e o Samba do Barão. Por ali, a festa costuma rolar até a madrugada, com entrada livre até as 22h. Depois, o ingresso custa R$ 15.

Frequentador do Navarro, o empresário Rômulo Vilas Boas resume o clima do bairro para os fãs de samba: "É só vir para cá e escolher onde ficar".