O novo restaurante dos proprietários do Cór —casa no Alto de Pinheiros com as carnes dry-aged do açougueiro peruano Renzo Garibaldi— tem perfil totalmente diferente. Sim, as famosas carnes maturadas a seco e grelhadas em brasa de carvão e lenha estão lá. Mas são apenas um dos itens do cardápio.
A cozinha do Ânima Mea, concentrada em poucas opções, é mais leve e delicada, e servida em ambiente menor e mais acolhedor. O pequeno espaço, iluminado por janelões numa área agitada do Itaim Bibi, é território do sócio (e ex-chef do Cór) Jeovane Godoy, que já passou pelo grupo do Maní e por casas em Portugal e na Irlanda.
Aqui as receitas têm aparente simplicidade, com poucos elementos e bons ingredientes. Caso, já de cara, do couvert com pão de fermentação natural, manteiga defumada e manteiga (gordura) de porco (R$ 10). E de entradas como beterrabas assadas no sal com presunto de pato caseiro, queijo boursin, radicchio e água de tomate (R$ 29).
A croqueta de alheira com maionese de salsinha e mostarda fermentada (R$ 29) esconde o sabor do principal item, o que não ocorre com o pão tostado na brasa com sobresada (embutido espanhol) e rúcula (R$ 39).
Os pratos são econômicos nos componentes, concentrando-se nos sabores, como o polvo grelhado com batata assada, legumes confitados e purê de agrião (R$ 75). No arroz de pato a ave é marinada e defumada lentamente no fogo de lenha, com emulsão de chorizo (R$ 59); a costelinha de porco defumada na casa, em ponto ainda rosado, é servida com polenta cremosa (R$ 59).
As carnes grelhadas são oferecidas em dois cortes robustos que variam a cada dia. São maturadas por tempos diferentes, a depender da peça (como 40 ou 60 dias), e servidas com repolho assado e purê de batatas (R$ 25 cada 100 g).
Engenhosa sobremesa: frangipane, interpretação da torta de Santiago (tradicional na Espanha, feita de amêndoas e ovos) feita com castanha-do-pará, creme de queijo, sorvete de café e doce de leite (R$ 27).
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