Para não dizer que a nova casa do restaurateur Marcos Ramalho é somente mais uma churrascaria, basta atentar a seu nome completo: Fogo Steakhouse & Winebar.
Sim, tem um lado mais descontraído, como o de um bar (Ramalho tem longa história de bares na Vila Olímpia), o que lhe tira um pouco o ar de restaurante: convida mais a beber que a comer. Mas coma sem susto, a carne é boa.
Há algo de ainda desencontrado no conjunto. O alentado picadinho (R$ 59) é servido em enormes e desajeitas frigideiras. Molhos chegam em pequenas panelinhas mas com enormes colheres de sopa (até a boa pimenta caseira —não oferecem, mas peça— que nem de longe é feita para comer às colheradas).
O conjunto, no entanto, é bem satisfatório, especialmente pelas carnes que são de boa qualidade e bem-executadas na churrasqueira de uma tonelada feita sob medida.
Há cortes de estilo americano (como os com osso, o tomahawk de quase um quilo, R$ 198, e o t-bone, R$ 138). Apresentado entre as opções argentinas e uruguaias, um delicioso corte difícil de encontrar: o chamam “bife do fogo”, que é a capa do contrafilé, com bastante fibra (macia, saborosa e suculenta), R$ 83.
Na seção brasileira, a fraldinha (R$ 59) tem bom preço e não faz feio —e como as demais carnes provadas, vem corretamente no ponto pedido.
Para acompanhar, as opções vão da farofa de cebola bem amanteigada à “farofa” de ovos (só quando chega se vê que não é de verdade —usa farinha de pão, não de mandioca). Outra opção é o risoto de aspargos (R$ 24), muito cozido, mas enfim, não é mesmo a praia.
Para começar, a empanada (R$ 9,90) tem boa textura, mas a carne não é picante como anunciada. E as costelinhas de porco (R$ 38) são raquíticas de sabor (só com muito molho barbecue para tomar gosto). Já a sobremesa, singela, reconforta com um toque a mais: uma musse de chocolate meio amargo, salpicada de flor de sal e raspas de limão (R$ 24).
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