A abertura da Itzza, uma pizzaria no Itaim, tem atraído um burburinho de jovens a se aglomerar na pequena casa, de música alta, clima casual —e atendimento desordenado.
As pizzas são individuais e de um só sabor, com massa bem fininha (R$ 35). Podia ser um mérito, mas faltam gosto e crocância. Na presença do molho de tomate, aliás, ficam umedecidas e chochas.
Segundo a casa, a base fermenta naturalmente por 36 horas, mas não cumpre a expectativa: não revela aquela leve acidez típica das fermentações lentas, tampouco qualquer complexidade de sabor. Assadas no forno a gás, as pizzas também não têm tostados provocantes, que poderiam dar mais personalidade ao todo.
A oferta, que acolhe celíacos (“gluten free”) conjugada a opções “low carb” e “lac free” (sem lactose) —todas apresentadas em inglês—, dá a impressão de que a casa está mais preocupada em entregar um menu com apelo saudável do que gostoso. A fórmula tem feito sucesso, porém.
Mas, bem, parece um contrassenso chegar ao final da refeição e esbaldar-se com um brownie recheado de Nutella, servido na companhia de sorvete de leite, da vizinha Davvero —este, cremoso, lácteo, delicado.
Ainda que seja democrático atender a um público com restrições alimentares, as massas das pizzas (couve-flor, brócolis, mandioca e batata-doce) são “sabor free”. Também são insossas as pastas servidas na companhia das variadas casquinhas de pizza como entrada —beterraba, chutney de manga e pesto de manjericão (R$ 18).
Para cobrir as pizzas, há opções como a calabresa curada, que lhe dá certa graça; a de abobrinha, berinjela, queijo brie e pesto de manjericão; e a trufada, com molho de tomate, parmesão e azeite de trufas brancas.
Diante da proposta, esperavam-se opções mais vibrantes e ousadas de saladas do que a Tropical, que combina folhas, tomate-cereja, grão-de-bico, ovo e azeitona preta (R$ 25).
Comentários
Ver todos os comentários