Depois de passar mais de um mês na fase verde proposta pelo Plano São Paulo, que foi anunciado no dia 9 de outubro, a capital paulista vai retomou para a etapa anterior do cronograma, com serviços funcionando menos horas por dia.
Inicialmente, em anúncio feito pelo governador João Doria, do PSDB, em entrevista coletiva em 30 de novembro, um dia após a eleição que reelegeu Bruno Covas para a prefeitura paulistana, bares e restaurante passariam a encerrar as atividades às 22h, em vez das 23h, e a funcionar com o limite de dez horas por dia —até então eram 12 horas.
No último sábado (12), porém, as regras mudaram novamente. Agora, bares de todo o estado deverão fechar as portas até as 20h. Os restaurantes poderão seguir com o funcionamento até as 22h, mas só poderão vender bebidas alcóolicas até as 20h.
A ocupação de no máximo 40% dos locais foi mantida e eventos com público em pé foram novamente proibidos. Além disso, cada mesa passa a ter o limite de seis pessoas sentadas.“Essa medida não fecha comércio, nem
“Essa medida não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. Não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva”, disse Doria na entrevista. Segundo o governador, a regressão será feita em 100% do estado. A próxima revisão será no dia 4 de janeiro.
Medidas anteriores, como a obrigatoriedade do uso máscara, o distanciamento entre as mesas, a disponibilização de álcool em gel e a medição da temperatura dos clientes serão mantidas.
Para Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo), a decisão do governo foi injusta. "A maioria dos estabelecimentos está cumprindo o protocolo. Certamente não são os bares e restaurantes que estão causando isso, a gente vê aglomerações em outros equipamentos, pessoas sem máscara andando pelas ruas", diz.
Segundo ele, bares e restaurantes que estão cumprindo as regras "são os lugares mais seguros para ir" e o resultado será desastroso para esses lugares. "Para muitos, vai ficar mais barato ficar fechado do que abrir para 40% da capacidade. Tinha gente que já tinha feito contratações de pessoal, renovado o estoque. Ainda mais no fim do ano, quando as pessoas esperavam pelo menos faturar o suficiente para pagar as contas”, pontua.
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