Parador mistura piscina, terraço e restaurante no centro de SP

Com uma vista para o Circolo Italiano,espaço fica no 3º andar do ed. Renatae vai funcionar em sistema de day use

São Paulo

Um certo glamour de décadas passadas misturado ao hype de novos negócios do centro é o que se pode esperar do Parador., espaço com piscina, restaurante e sauna que acaba de abrir no terraço do edifício Renata, na Vila Buarque, região central de São Paulo.

Parador, mistura de terraço, restaurante e piscina no edifício Renata
Parador, mistura de terraço, restaurante e piscina no edifício Renata - Eduardo Knapp/Folhapress

Com sua fachada marcada por cobogós, a construção modernista assinada por Oswaldo Bratke (1907-1997) passou por um retrofit que transformou lajes comerciais em 93 apartamentos de 24 m² a 190 m², com 14 configurações —entre elas, uma unidade duplex com banheira e vista para o Copan. Podem ser alugados pela plataforma Tabas (tabas.com.br) com permanência mínima de uma noite.

A novidade reforça a atmosfera criativa e hipster do centro da cidade, seguindo a mesma frequência de outros bares, restaurantes e espaços culturais que abriram recentemente naquele entorno, como Cineclube Cortina e o Bonita Café.

Há certa pinta de hotel, que tem justificativa: os quartos podem ser alugados e quem estiver hospedado tem prioridade para acessar sauna, academia e piscina do local. Bem iluminado, o espaço de 350 m² no terceiro andar do prédio se divide entre o salão de restaurante, com 50 lugares, e a área da piscina, com 16 espreguiçadeiras e poltronas.

Pequeno, o terraço compensa pela vista do centro da cidade —fica de frente para o prédio da Tokyo, mistura de karaokê e restaurante, e ao lado do Circolo Italiano. Clientes do restaurante podem usar piscina, sauna e academia em um sistema de day use (R$ 180). Mas, para garantir uma espreguiçadeira na área externa, é preciso pagar R$ 350, que são revertidos em consumo de comes e bebes.

O restaurante, aliás, funciona desde o café da manhã, disponível diariamente com valor fixo. Por R$ 89, o cliente se serve em uma estação de bebidas quentes e frias, recebe à mesa uma cesta de pães variados que muda a cada semana e escolhe uma opção do menu à la carte, com opção de ovos e tostadas.

Tendência que vem ganhando força na cidade, o serviço da cozinha é contínuo das 12h às 19h com um mesmo cardápio, que se divide entre receitas servidas no salão e outras que podem ser pedidas enquanto se curte a piscina.

No primeiro caso, há sugestões como o crudo do dia (fatias de peixe com molho ponzu, raiz forte e espaguete de chuchu, R$ 67), o casarecce (massa no formato de casca de canela, com queijo de cabra e pesto de pistache, R$ 58) e a língua à milanesa (com molho gribiche, à base de gemas, e azedinha, uma folha, por R$ 49). Quem assina as criações é Patrick Bragato, brasileiro que cresceu na França, onde trabalhava como chef. Bragatto, que voltou ao país no ano passado, se ocupava até então fazendo jantares fechados.

A carta de drinques, enxuta como a de comes, atende a quem gosta de pedir um clássico, como um dry martíni (R$ 45), antes de experimentar uma criação da casa —o Parador leva espumante de jabuticaba e pêssego, gim e limão siciliano (R$ 42). Gastronomia e coquetelaria serão protagonistas de uma programação de eventos que a casa deve ter até o fim do verão.

A ideia é ter sábados com música e, aos domingos, receber chefs que executam receitas de suas casas. Matheus Zanchini, do Borgo, inaugurou a programação no último final de semana —nomes como a ex-MasterChef Elisa Fernandes, à frente do Clos, e Janaina Torres Rueda, da Casa do Porco, também devem aparecer por lá.

Além do Parador., os mesmos sócios vão inaugurar, depois do Carnaval do ano que vem, três espaços no térreo do edifício Renata: um restaurante, um bar e um café. As casas serão acessadas por uma recepção com entrada pela rua Major Sertório.

Chamada Renata, uma brasserie será o maior dos empreendimentos, com cem lugares. Já o Lágrima, com 26 lugares, tem inspiração em bares de música de Tóquio e vai ser dedicar à coquetelaria. Chamado Nata, o café deve ter cerca de 40 lugares.

O complexo será gerido pela Pops, empresa do mesmo grupo que realizou o retrofit do edifício Renata, feito em parceria com o escritório Metro Arquitetos. Responsável pela reforma do prédio em que fica o restaurante Cora, também no centro, o grupo Planta vai executar outros projetos semelhantes na região—um desses exemplos é o edifício Margarida, também na rua Major Sertório.


Parador
R. Araújo, 216, 3º andar. Seg.: 8h às 11h. Ter. a dom, das 8h às 19h. @ parador.renata e @renata.edificio

Renata, Lágrima e Nata
revisão de abertura: 2024. Entrada pela esquina da rua Major Sertório com a rua Araújo

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais