O caldo de cana, bebida típica nas feiras de rua paulistanas, ganhou um upgrade. No Cana Mania, novidade na Liberdade, a garapa é batida com frutas e ganha consistência e a temperatura de um frozen.
Filho de japoneses, Bruno Gushiken trabalha com a família em uma barraca de caldo de cana em feiras de São Paulo, a Yuiti, que funciona há 15 anos. Quando foi convidado para servir a bebida em uma conferência em Ribeirão Preto, cidade no interior conhecida pelas temperaturas altas, ele precisou encontrar uma forma de manter o frescor da garapa na viagem.
Surgiu a ideia de transformá-la em um tipo de raspadinha. Funcionou, e, ao lado do sócio Renato Nakazume, ele passou a vender o frozen de caldo de cana em feiras culturais e gastronômicas. Em setembro, a dupla abriu a portinha do Cana Mania, na Liberdade.
Por lá, a garapa é batida com frutas e outros ingredientes —são cerca de 15 combinações. As mais pedidas são as que levam limão-siciliano e morango. Outro destaque é o frozen que mistura caldo de cana e matchá, pó de chá verde japonês.
Também há opções alcoólicas, como a chamada canarinha, versão de caipirinha feita com o caldo de cana, vodca e limão-taiti, e a que leva rum, abacaxi e leite de coco, inspirada na piña colada.
Tudo ali é batido na hora, e o toque final é um pedaço de cana para mastigar. Os preços partem de R$ 20 o copo. É possível ainda montar a própria bebida combinando ingredientes, por a partir de R$ 15.
A cana-de-açúcar usada pelos sócios vem de um produtor em Caçapava, no interior paulista. A moagem da planta é feita em uma fábrica própria na região central da cidade e, durante a extração do caldo, é usada uma máquina que mantém a bebida numa textura que lembra um açaí cremoso gelado.
O resultado é um frozen pioneiro na capital paulista. E que, nos dias de calor intenso que têm assolado São Paulo, é motivo de filas.
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