Santos, no litoral paulista, vem com certo êxito galgando uma fama, mesmo que ainda bastante tímida, de destino gastronômico à beira-mar. Se há cerca de dez anos, poucos restaurantes da cidade chamavam a atenção, hoje, estabelecimentos fazem sucesso, exemplo do Madê, do ex-MasterChef Dario Costa, e da mais nova condecorada Pizza di Casabona, que há pouco figurou entre as 50 melhores pizzarias da América Latina no 50 Top Pizza. É a primeira e até o momento a única no litoral paulista a ganhar esse título
"O ‘start’ para abrir a Casabona foi depois que morei na Itália e trabalhava numa pizzaria por lá", diz o proprietário Eduardo Casabona, sobre o período que serviu também de aprendizado para seu futuro negócio.
Casabona, que empresta seu sobrenome à pizzaria, começou há cinco anos cozinhando em festas e eventos nas casas de clientes. Em menos de um ano, abriu a própria produção apenas no modelo delivery, e, em 2020, inaugurou um espaço de cerca de 30 metros quadrados no bairro do Boqueirão, em Santos. O estabelecimento tem apenas um balcão com cinco cadeiras em frente ao forno e algumas poucas mesas no lado de fora, na calçada mesmo.
O espaço parece não ser problema para sua clientela, e o sucesso da Casabona anda inversamente proporcional ao tamanho da pizzaria. Numa sexta-feira, por volta das nove da noite, a hostess avisava o dono, que também preparava as pizzas, que a fila de espera estava em cerca de uma hora e meia.
O diferencial para o êxito da casa está na seleção dos ingredientes, segundo o dono. A Casabona usa uma farinha importada duplamente refinada que permite que a massa seja feita através de uma fermentação mais longa, molho de tomate também importado e a dita muçarela fior di latte, menos gordurosa que o queijo usado em pizzarias tradicionais.
A junção dos ingredientes pode ser vista num cardápio bastante enxuto de pizzas napolitanas, que em tese seriam individuais, mas que na Casabona podem ser facilmente divididas por duas pessoas. As pizzas são ótimas. Vale provar a releitura da tradicional marguerita (R$ 55), com burrata, tomate, manjericão e lascas de parmesão.
O destaque também são as pizzas sem molho. A massa da Casabona é realmente gostosa e fica ótima só com o queijo e os outros acompanhamentos. Vale pedir a Al Capone (R$ 61), que junta gorgonzola e cebola caramelizada, e também a parma (R$ 55), que sobrepõe muçarela, burrata, presunto de Parma e raspas de limão-siciliano. Todas podem ser acompanhadas por taças de vinho da casa —tanto tinto quanto branco saem por R$ 25 cada uma.
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