Conheça doces da moda como crookie, brookie e cruffin

Guia Folha provou criações populares na internet para mostrar pontos altos e baixos; saiba onde comprar em SP

São Paulo

Crookie, brookie, cruffin, supreme e flat croissant parecem termos tirados de um trava-línguas. Mas são, na verdade, nomes de doces que abastecem as vitrines de lojas na capital paulista impulsionados pelo sucesso que fazem nas redes sociais.

Os mais recentes a integrar a lista de guloseimais virais — que nasceram sobretudo fora do país — são o crookie (resultado da união de um croissant com um cookie) e o flat (um croissant que é achatado e recebe uma fina cobertura de açúcar). Ambos começaram a ser encontrados na cidade nos últimos meses.

A imagem mostra uma variedade de doces dispostos sobre um fundo laranja. No centro superior, há um quadrado de brownie com pedaços de chocolate. À direita, um croissant coberto com chocolate e pequenas esferas de chocolate. No centro, um doce redondo com cobertura de caramelo. Abaixo, um croissant recheado com um biscoito que tem a inscrição 'Ofner'. À direita, um doce redondo com cobertura de chocolate e raspas de chocolate.
Partindo do doce quadrado: brookie, flat croissant, supreme croissant, crookie e cruffin - Folhapress

Mas a linhagem de doces híbridos começou em 2013, com o cronut, mistura de croissant com donut. O resultado é uma espécie de bolinho redondo composto de camadas de massa folhada e recheio, frito e finalizado com açúcar.

A invenção foi do chef americano Dominique Ansel, que viu filas se formarem ao redor de sua confeitaria em Nova York, nos EUA. Para a confeiteira Otávia Sommavilla, autora da série de livros "Enciclopédia dos Bolos" (ed. Melhoramentos), a grande sacada da criação é que, mesmo sendo frita, consegue carregar a leveza de um croissant.

Apesar dos híbridos serem obra recente, a utilização da massa folhada do croissant — bastante comum nessas novidades — em receitas diversas não é incomum. "Segundo historiadores, os primeiros registros de uso da massa folhada vêm da região da atual Turquia. Se formos pensar, há muitos doces árabes que são folhados. Mas o croissant só chegou na França no século 19. De certa forma, é uma massa que permite criações", explica Sommavilla.

"Acho que os confeiteiros perceberam que essas junções geram curiosidade nas pessoas e grandes sucessos comerciais. Algumas, a meu ver, pesam a mão", diz a confeiteira.

Para não ficar na suposição, a equipe do Guia Folha provou doces viralizados na internet. Foram selecionados cinco híbridos, com e sem croissant no meio, mas frequentemente vistos no Instagram e no TikTok. Além desses, um velho conhecido, o cookie de panela, entrou na lista.

Brookie
A junção de brownie e cookie existe há cerca de um ano e pode ser encontrada na Cookie Mania. Na versão clássica (R$ 15,90), que tem sabor chocolate e não leva recheio, é possível sentir as texturas dos dois doces originais. Por cima, está o cookie, que confere crocância; por baixo o brownie, que dá maciez. É boa sugestão para quem tem paladar mais açucarado.

Cookie Mania. R. dos Pinheiros, 257, Pinheiros, região oeste, @cookiemaniabrasil


Cookie de panela
O nome já dá uma boa ideia do que é o doce: uma mistura de cookie com brigadeiro de panela. A Boldy Cookies tem quatro sabores (a partir de R$ 20): brigadeiro gourmet, meio amargo, Ninho com Nutella e pistache. Parece um biscoito com gotas de chocolate, mas, ao afundar a colher na marmitinha de alumínio, o recheio aparece — mantendo a textura crocante do biscoito. Apesar do brigadeiro, não exagera na dose de açúcar.

Boldy Cookies. R. Bento Freitas, 204, Vila Buarque, região central, @boldycookies


Crookie
Criado pelo chef Stéphane Louvard em 2022 em Paris, é vendido em São Paulo há pouco tempo. A guloseima consiste em um croissant com cookie no recheio e no topo. Nas opções da American Cookies, sabor Nutella (R$ 30), e da Ofner (R$ 19,9), sabor baunilha com gotas de chocolate e ganache de chocolate, o croissant e o cookie não tinham boa integração entre si. Além disso, as texturas dos dois doces originais se perdem. O resultado é um produto indicado para quem gosta de sabores doces acentuados. A maior dificuldade está na hora de morder: pelo tamanho, não cabe bem na boca.

Ofner. Shopping Center Norte -Av. Otto Baumgart, 245, Vila Guillherme, região norte, @ofner

American Cookies. R. Padre Raposo, 844, Mooca, região leste, @americancookiesbrasil


Cruffin
A receita, feita com a massa folhada do croissant, é assada na forma de muffin e recheada com diversos sabores, a exemplo do de caramelo com flor de sal, encontrado na Mintchi Croissant (R$ 23). Leve, aerado e de recheio proporcional à massa, o cruffin também tinha uma superfície crocante por fora e não desabou quando partido. O tamanho é ideal para uma pessoa comer sozinha.

Mintchi Croissant. R. Simão Álvares, 114, Pinheiros, região oeste, @mintchi_croissant


Flat Croissant
Moda na Coreia do Sul desde o ano passado, consiste em uma massa de croissant comprimida até a espessura aproximada de um biscoito, sendo achatados antes ou após prontos, assados e até fritos. Tem resultado crocante, com uma fina camada de açúcar, que lembra um palmier. A versão da We Coffee traz a guloseima coberta por chocolate branco e ao leite (R$ 16 cada), este último mais doce. Apesar do resultado agradar, não lembra em nada a textura de um croissant.

We Coffee. R. Diogo Jácome, 598, Vila Nova Conceição, região sul, @wecoffee.br


Supreme Croissant
Com auge da popularidade em 2023, o doce é feito com a massa folhada do croissant comprimida e apresentada em formato de círculo — por isso, também recebe o nome de croissant roll e NY roll. O da confeitaria Levena surge no sabor doce de leite e chocolate (R$ 25). Com o centro muito bem recheado, lembra um bolo vulcão. A criação divide ainda opiniões. Quem não gosta afirma que a textura original do croissant se perde.

Levena. R. Artur de Azevedo, 495, Cerqueira César, região oeste, @levena_sp

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais

Mais lidas