Conheça 13 pequenos restaurantes, padarias, bares e cafés em São Paulo

Há uma vocação em voga nos restaurantes da cidade, que estão apostando em casas cada vez menores. Prova disso são lugares novos como o Le Jazz, em Pinheiros, ou os badalados italianos Vito e Tappo. Essa inclinação, segundo o chef Alex Atala, é uma "tendência entre os grandes chefs do mundo". Ele próprio fecha o D.O.M., entre os próximos dias 14 e 22, para uma reforma que irá reduzir seu número de mesas.

Não importa o tipo de cozinha, todos os minirrestaurantes têm poucas mesas e um clima acolhedor. Há pontos negativos, como a falta de privacidade e as cansativas filas de espera, mas, por outro lado, o chef é mais presente e atencioso com os clientes. Nesse embalo, o Guia da Folha selecionou 13 pequenas casas e dá dicas de como aproveitar melhor cada estadia.


Crédito: Joel Silva/Folha Imagem

Amaroni
Um legítimo clima familiar paira na casa italiana, tocada por dois irmãos. Acolhedor, tem retratos na parede, teto de lambri branco e mesas de madeira. Oferece pratos como a lasanha com presunto, mozarela e molho bolonhesa.

Melhor mesa: redonda, com cinco lugares, é a maior da casa
Placar: 31 lugares / 14 mesas / 50 m²

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Killa
Simpático, tem ambientação moderna, traço também observado na apresentação dos pratos --clássicos da cozinha peruana. Entre as opções, está o ceviche, aqui servido com camarão, lula, cebola-roxa, milho e batata-doce.

Melhor mesa: na lateral direita, mais reservada, ideal para casais
Placar: 28 lugares / 11 mesas / 36 m²

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Jun Sakamoto
O ambiente elegante e moderno, marcado por aço e madeira, tem mesas e acomodação em um balcão. É nessa atmosfera que o talentoso chef Jun Sakamoto serve sushis tradicionais e sugestões como o tartar de atum com foie gras. É imprescindível fazer reserva.

Melhor mesa: em frente ao balcão, onde dá para ver o sushiman trabalhando
Placar: 36 lugares / dez mesas + balcão / 70 m²

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Le Jazz
Recém-inaugurado, o bistrô é decorado com quadros que estampam personalidades do jazz, uma lousa e piso de ladrilho hidráulico. No menu, com bom custo-benefício, há pratos franceses tradicionais, como terrine de legumes, cassoulet e mexilhões servidos com batata frita. Badalado, chega a ter, em média, 40 minutos de espera nas noites de sexta.

Melhor mesa: no sofá, ao lado da janela
Placar: 38 lugares / 17 mesas / 60 m²

Le Jazz - r. dos Pinheiros, 254, Pinheiros, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2359-8141. Ter. a sex.: 12h às 15h30 e 20h às 24h. Sáb.: 13h às 16h30 e 20h às 24h. Dom.: 12h às 17h. Valet (R$ 10). Classificação etária: livre.


Sushi Hamatyo
Para manter a qualidade dos pratos oferecidos, os donos desse restaurante japonês optaram por uma configuração mínima: duas mesas e 11 lugares no balcão. No menu enxuto, que pode mudar de acordo com a oferta de peixes, há apenas sushis e sashimis --sem pratos quentes.

Melhor lugar: qualquer assento no balcão
Placar: 22 lugares / duas mesas + balcão / 40 m²

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Tappo Trattoria
Clássicos da cozinha italiana ganham a assinatura do chef Benny Novak nessa aconchegante casa, que tem cadeiras de vime e revestimento de madeira nas paredes, onde constam, também, sugestões de vinhos e queijos. Entre as massas, faz sucesso o linguini com lagosta e tomate fresco. No andar superior, há um bar que acomoda os clientes durante a espera.

Melhor mesa: redonda, do lado esquerdo do salão, para até cinco pessoas
Placar: 28 lugares / 13 mesas / 40 m²

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Tempura Ten
Seu diminuto ambiente tem decoração oriental tradicional. A especialidade é o tempura, que aparece somente em degustação --precedida ou não de peixe. Pode ser preparado com ingredientes como camarão, polvo e kisu (peixe importado do Japão). O chef Masaomi Imai prepara as frituras e sua mulher, Tiyoko Imai, gerencia as poucas mesas e os assentos em torno do balcão. Fica dentro de uma galeria próxima à avenida Paulista.

Melhoe lugar: no balcão, em que é possível assistir à performance do chef
Placar: 18 lugares / duas mesas + balcão / 25 m²

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Tenda do Nilo
Disputada casa de comida árabe, tem salão minúsculo e mesinhas na calçada. Tocado de perto por duas irmãs, o restaurante oferece clássicos daquela cozinha, como homus, e pratos menos comuns, como o fatte, pão árabe torrado, com carne e grão de bico na coalhada fresca.

Melhor Lugar: todas as mesas costumam ser disputadas
Placar: 21 lugares / oito mesas / 20 m²

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Tomates & Bananas
O minúsculo espaço lembra o de um café, com ambientação simples, em que se faz presente a família dos proprietários, responsável pelo atendimento e pela cozinha. O foco do local é o camarão-rosa graúdo, servido em 21 versões, como a preparada ao vinho com ervas (de cultivo próprio), pimenta e curry, servido com arroz de coco e manga. Os preços são salgados, mas as porções são fartas (precedida de entrada, dá para duas pessoas).

Placar: 16 lugares / quatro mesas / 30 m²

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Vito
É em um ambiente acolhedor, bem perto da praça do Pôr-do-Sol, que o chef André Mifano prepara massas artesanais. O salão "clean" tem espelho e tijolos brancos aparentes, e fica mais vistoso quando ganha a iluminação noturna.

Melhor mesa: sem muito conforto, a que fica perto da cozinha --dela, vez ou outra, dá para conversar com o chef
Placar: 27 lugares / nove mesas / 35 m²

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Bares

Kebabel
Comidinhas árabes benfeitas --como o kebab com tiras de cordeiro, hortelã e tahine-- fazem sucesso ao lado de cervejas artesanais. A primeira unidade do bar, próxima à rua Augusta, é sucesso entre jovens descolados --que, por vezes, tem de aguardar em pé na calçada para serem atendidos.

Placar: 25 lugares / nove mesas + balcão / 20 m²

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Cafés

Giramondo
Pequenino e simples, conta apenas com balcão e com a presença entusiasmada do proprietário, Aldo de Rosa, que se divide entre as duas unidades. Oferece um bom expresso ou cappuccino com toque de chocolate. Serve interessantes opções de lanches e doces.

Placar: seis lugares / balcão / 8 m²

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Padarias

P.A.O
Acolhedora, essa minipadaria tem três mesas dispostas ao lado da cozinha --de onde se vê o preparo dos pães (que levam ingredientes selecionados, como farinha orgânica e sal do Himalaia). Destaca-se também o "gougère", espécie de pão de queijo francês.

Placar: 15 lugares / três mesas

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Prós

Minúcia: em geral, a cozinha é benfeita e cuidadosa
Acolhedor: as casas são aconchegantes e têm clima familiar
Romance: os apaixonados têm a chance de ficar mais perto da cara-metade
A conta, garçom: se o pedido demorar, é mais fácil chamar o "amigo" para questionar a espera
De perto: se a cozinha for aberta, dá para acompanhar o trabalho do chef --que pode ciceroneá-lo em sua mesa
Mais tarde: chegar após às 22h, fim do horário de reserva, pode ajudar a evitar filas

Contras
Cronômetro: se o cliente não conseguir fazer uma reserva, terá de se conformar com um tempo de espera maior
Improvisado: as acomodações para a espera podem não ser das melhores. Há quem espere na calçada, no corredor, ao lado do caixa...
Amizade: grupos grandes dificilmente conseguem uma mesa, pois as casas têm número limitado de reservas
Clima Romântico?: não há se o casal ao lado tiver uma crise durante a refeição
Barulho: a maioria das casas não têm precauções em relação à acústica
Defumador: o cliente pode sair com duas lembranças do local --o sabor do prato e o cheiro da comida

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