Como izakayas (bares japoneses com petiscos, geralmente simples e sempre informais) estão na moda em São Paulo, não é de se estranhar a abertura de mais um no final de abril. Mas havemos de convir: este —o Kurâ— é bem diferente.
Ele nasceu no mesmo local que já abrigou o restaurante Clos, e herdou a mesma elegância e aura de sofisticação transmitidas pelo belo ambiente —agora retocado com detalhes orientais (mural, tecidos, luminárias) de muito bom gosto.
No lugar de simples boteco de saquê (no qual a comida seria mais um complemento para acompanhar esta e outras bebidas), o Kurâ parece mais um restaurante fino de alta gastronomia, com louças desenhadas com exclusividade e serviço distinto —não tem, portanto, aquela descontração deliciosa.
No entanto, seu cardápio de petiscos e pratos familiares e afetivos não deixa dúvidas: não é um restaurante de sushi nem de cozinha autoral, mas uma proposta de izakaya mesmo —e, é bom salientar, com preços contidos, condizentes com a proposta que o inspirou.
A casa é do mesmo grupo do Kinoshita, que fica a poucos metros. Mas o menu do chef Ken Tanaka é focado principalmente em petiscos (destaque para os espetinhos fritos à milanesa), domburi (tigelinhas de arroz com coberturas) e massas (o macarrão udon é confeccionado ali pelo especialista Yoshio Mizumoto, que também prepara as receitas).
Boa pedida, e sem pesar no bolso, é começar provando um ou dois espetinhos (como os de pancetta ou de berinjela com missô, grelhados, a R$ 4,81; ou ainda os empanados, como o graúdo camarão, R$ 18,81). E em seguida um prato de udon (por exemplo o de maminha maturada refogada com cebola, caldo quente, R$ 25,81; ou de frango e legumes com molho de gergelim, servido gelado, R$ 23,81).
No lugar da massa, vale provar um dos minidomburi —o tirashi traz cortes de peixe cru sobre o arroz (R$ 31,81); o katsu don vem com lombo suíno empanado (R$ 28,81).
Há somente duas sobremesas, uma delas é o leve bolo chiffon de matchá (R$ 14,81).
12h00
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