Hambúrguer é ok. Hambúrguer é bom, mas cansou. É só hambúrguer em todo lugar, como se não existisse outro sanduíche do mundo.
A oferta de lanchonetes do iFood é um alento porque vai muito além do hambúrguer, por isso o aplicativo venceu nesta categoria. Dá para pedir, em casa, sandubas e petiscos clássicos da cidade —alguns que eu não comia há séculos por pura preguiça de me deslocar até o lanche.
É o caso dos beirutes do Frevo, por exemplo. Gosto da versão recheada com bife à parmigiana. Conceitualmente, absurdo para um sanduíche, mas é minha casa, estou sozinho, não tem ninguém vendo, dane-se. Só faltou o chopinho na taça rabo-de-peixe, puro creme da nostalgia aguada.
Você pode encomendar ainda o pernil do Estadão, o bauru do Ponto Chic ou, se for de seu gosto, a montanha de mortadela do Bar do Mané, clássico do Mercadão.
A paleta de opções não se limita aos acepipes d’antanho. O mosaico étnico de São Paulo é voltado para o futuro também nos sanduíches.
O iFood entrega —num raio de 7 km da lanchonete, não custa lembrar— os incríveis lanches feitos no pão pita, com pegada israelense, do Nosh. Traz para casa a arepa colombiana do Macondo, o bao taiwanês do Mapu, o choripán do Chimichurri.
Detentora da segunda colocação no ranking, a Rappi oferece uma gama um pouco mais reduzida de lanchonetes e hamburguerias. Uber Eats e James Delivery ficam bem atrás, com catálogos que priorizam redes de fast-food e pequenos comércios de bairro.
Curiosamente, minha experiência mais recente foi com um hambúrguer —o incensado smash da Osso, lanchonete do chef peruano Renzo Garibaldi. É gostoso, mas precisa de dois ou mais sanduíches para matar a fome.
Ainda bem que pedi também um lanche de frango com temperitos peruanitos secretitos do Renzo. Vai com fé que é melhor do que o hambúrguer.
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