Dizem que guardar coisas é típico dos taurinos, mas não há como negar que as embalagens de comida, nestes tempos de delivery em alta, ganharam um grau de capricho capaz de seduzir o zodíaco inteiro.
Dá pena descartar potes e kits de entrega, mesmo as caixinhas de madeira e papelão, que são pensados para trazer à mesa uma pitada de alegria. Essa comida tão bem empacotada chega às nossas mãos, cada vez mais, pelos aplicativos —e dos entregadores esperamos, além da diligência, o cuidado com o seu manuseio.
Eleita a melhor no quesito adaptação à pandemia, a Rappi reduziu a taxa de cobrança de restaurantes, distribuiu itens de segurança para os entregadores e, além disso, ampliou o leque de estabelecimentos conveniados e de produtos para entrega.
De comida para gatinho a passagem aérea, tudo vem pelo aplicativo, que também leva o usuário ao site do governo paulista sobre vacinação.
Só que, num país onde a vacinação anda a passos lentos, o uso da máscara de proteção, ao lado da higienização das mãos, é o que, na prática, evita o contato com o vírus —e isso precisa ser lembrado todos os dias aos entregadores.
Restaurantes, bares, entidades setoriais e empresas de delivery deveriam, num esforço conjunto, sensibilizar, treinar e orientar os entregadores para que não descuidem do uso correto e constante da máscara, que protege a eles próprios e ao consumidor.
Debaixo de sol ou de chuva, subindo ou descendo a ladeira, trabalhando por horas a fio, não deve ser fácil ficar de máscara o tempo todo, menos ainda mantê-la limpa, cobrindo tanto a boca como o nariz.
Ainda não chegou o momento de relaxar. Negar a importância de se proteger é uma atitude irresponsável, que não deve ser imitada por ninguém, mesmo que o (mau) exemplo venha de cima.
Quem entrega e quem recebe, ninguém deve tirar a máscara do rosto. Nem mesmo depois de vacinado.
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