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Hario, que ajudou a difundir cafés coados, inaugura endereço no Itaim Bibi

Marca japonesa de utensílios abre e m SP espaço em formato inédito, com restaurante, café, bar e empório

São Paulo

Marca que ajudou a difundir a ideia de café coado como algo mais elaborado e complexo no Brasil, a japonesa Hario inaugura neste sábado (24) um espaço gastronômico em São Paulo que reúne, em um mesmo endereço no Itaim Bibi, cafeteria, restaurante e bar. Produtos inéditos no país também vão ocupar uma grande vitrine.

No primeiro plano vê-se um doce partido ao meio; ao fundo, uma jarra transparente com café
Choux ao lado de café coado na Casa Hario - Karime Xavier/Folhapress

A novidade, ainda em sistema soft opening, é o maior passo da empresa em solo brasileiro e marca uma tentativa de se aproximar do mercado gastronômico e do cliente final. Na Casa Hario, a marca venderá não apenas utensílios de café e chá, que construíram sua fama, mas também de cozinha, como panelas de arroz, conjuntos de saquê, copos e azeiteiras.

Além disso, o empreendimento, na esquina da rua Tabapuã com a Manuel Guedes, é o primeiro do tipo no mundo. A empresa já tinha outras cafeterias pelo Japão, mas nenhum dos projetos engloba também restaurante e bar.

A ideia da empresária Katia Nassuno, por trás da inauguração, é transmitir a ideia de um Japão moderno e sintonizado, que tornou a marca cobiçada pelo público especializado. Com isso, a Hario, que nasceu em 1921 como fabricante de vidro, pega carona no crescente interesse pelo assunto no Brasil —e tenta fazer frente a uma concorrência cada vez mais organizada no país.

Com serviço ao longo do dia, do café ao jantar, tem menu assinado por parceiros conhecidos. Os doces, por exemplo, têm seleção de Aya Tamaki, da Amay, eleita confeiteira do ano pelo especial Melhor de São Paulo Gastronomia. Suas criações são inspiradas na tradição japonesa, usam pouco açúcar e não têm glúten.

Continuando na linha de quitutes, a cozinha, a cargo de Flávio Miyamura (dos extintos Miya e Extásia), tem opções como o pão de queijo com alga nori (R$ 16). Para almoço, há como sugestão o teishoku (R$ 129), espécie de menu-executivo com proteína, misso shiru, arroz, saladinha, conserva da casa e porção de bok choy (acelga chinesa) com molho de ostras.

O menu do jantar tem entradas, pratos quentes, sushis e sashimis. No andar superior do imóvel há um balcão onde será servido, a partir de setembro, omakassê, o menu-degustação japonês.

Com 90 lugares, a casa tem ainda terraço e salão térreo com mesas e balcão —de onde saem drinques assinados pela bartender veterana Talita Simões, que criou opções como o meu mai tai (R$ 39), com tequila, licor de amêndoas, solução cítrica, tintura de hortelã e manjericão.

Na extensa proposta da casa, também há, é claro, destaque para o café. Ali, há opção de blend da casa e outros grãos que mudam esporadicamente —mas têm torra específica para o local. Entre os métodos, há o V60, mais conhecido da Hario, mas também syphon e cold brew nitro.

O empório com produtos da casa dispostos em uma vitrine que ocupa todo o pé-direito do imóvel só fica pronto em setembro, quando começa a venda dos apetrechos. Durante o período de soft opening as reservas são obrigatórias, feitas pelo Use Tag.me.

A Hario começou a ser importada oficialmente no Brasil em 2012, época em que cafés expressos dominavam padarias, cafeterias e restaurantes. No início, Nassuno afirma que houve resistência ao método.

"O filtro V60 foi algo viável naquela época porque dava valor ao coado, que era um método que as pessoas usavam. Ninguém achava que um café coado poderia mudar tanto. Também foi uma surpresa para mim", diz ela.

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