Na contramão da onda de restaurantes vegetarianos fechados na capital paulista nos últimos anos, surge o Tau, de cozinha vegana, que abriu as portas em setembro na Vila Madalena.
A proposta da casa é fugir das releituras de pratos comuns a muitos desses endereços —que buscam mimetizar receitas que levam carne ou derivados de animais na composição.
Na nova casa, o objetivo é servir um menu criativo com referências de culinárias como a francesa e a japonesa, sem qualquer ingrediente de origem animal.
A decoração segue a mesma ideia: em vez de ser carregada de plantas, é mínima e contemporânea, com paredes brancas e janelão de vidro voltado para a rua.
A casa é continuação de um projeto homônimo que fazia jantares fechados para grupos pequenos num casarão no Jardim Europa, liderado pelos chefs Fábio Battistella e Gabriel Haddad —que não são veganos.
A dupla prepara pratos como o que combina quatro tipos de batata, como a yacon e a baroa, servidas com maionese à base de linhaça sobre azeite de espinafre, mais pancs (plantas alimentícias não convencionais), por R$ 43.
A batata também surge na forma de mousseline e chips, acompanhada de cogumelo eryngui, acelga bok choy, picles de cebola roxa e molho que remete ao demi-glace, mas é feito com cogumelo e redução vegetal (R$ 68).
Uma das melhores pedidas é o katso sando de shiitake empanado, tarê de tâmaras e coleslaw de maionese de cebolinha no pão de forma sem leite, levemente tostado. Chega em duas porções, que poderiam ser maiores, por R$ 49.
Para acompanhar, há carta de drinques clássicos com releitura da casa, caso da margarita com borda de sal de coentro (R$ 41), e do negroni (R$ 42), feito com vermute de jabuticaba. Uma seleção de vinhos naturais e biodinâmicos foi feita por Lis Cereja, da Enoteca Saint VinSaint.
O restaurante está aberto para almoço e jantar.
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