A cozinha coreana em São Paulo sempre esteve restrita a determinados bairros e sempre em moldes bem tradicionais. Recentemente, ao lado de casas com pretensões inovadoras, outras deslocam-se para diferentes territórios —como a Surah Korean Cuisine, inaugurada há seis meses no Itaim Bibi.
Ela veio de bem mais longe do que a Liberdade, Bom Retiro ou Aclimação: a família, que teve restaurante em São Paulo décadas atrás, mantinha agora uma casa em Manaus. Este novo endereço, de decoração moderna, mas sóbria, com lugares no balcão e em mesas altas coletivas, tem cozinha que não inova, a não ser pelos temperos mais amenos que não assustam os temerosos das intensas pimentas sul-coreanas.
O couvert —com kimchi (fermentado de acelga com pimenta e alho), conservas e frituras que mudam de um dia para outro estimula o começo da refeição. Ela segue com os esperados hits, como o bibimbap (mexido de arroz branco, legumes, vegetais, fatias de contrafilé e ovo frito, misturados à mesa na vasilha quente de barro, R$ 48). O prato tem também uma versão com polvo apimentado, o nakdi dorsôt (R$ 60).
O bulgogui é um contrafilé marinado em molho de soja, alho e semente de gergelim com legumes, levemente adocicado e sem sabores intensos (R$ 45). O galbi é a costela bovina marinada em molho adocicado, na brasa de carvão —mas, ao contrário do esperado, sem sabor marcante nem do tempero nem do carvão (R$ 150 para dois).
Outros mexidões de arroz com suas variações (como o com pancetta) e pratos como a carne (bovina ou de frango) empanada com molho de curry (todos a R$ 45), embora brandos nos temperos (ou por isso mesmo), são opções tranquilas para um paladar confortável, embora menos excitantes do que a cozinha sul-coreana costuma ser.
Avaliação: regular
R. Bandeira Paulista, 455, Itaim Bibi, região sul, tel. 3078-0184. 85 lugares. Seg.: 11h30 às 15h. Ter. a sex.: 11h30 às 15h e 18h às 22h30. Sáb.: 12h às 23h. Valet R$ 20.
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